Casal Olarte segue preso 

Evandro Simões Farinelli, preso no último dia 15 de agosto, deverá ficar em liberdade a partir desta terça-feira (27) após pagar R$ 8,8 mil de fiança. A decisão é do juiz Roberto Ferreira Filho.

Para ter direito ao benefício, Farinelli terá que ir mensalmente a juízo para comprovar suas atividades e endereço, terá que entregar seu passaporte e não poderá manter contato com os investigados.

Considerado laranja de Andreia e Gilmar Olarte, segundo o Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul, Farinelli teria imóveis do casal em seu nome. Além dele, Ivamil Rodrigues de Almeida, corretor acusado de participação no esquema de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica, teve pedido de prisão revogado pela Justiça nesta segunda-feira (26).

Durante operação Pecúnia, em agosto deste ano, Ivamil e Evandro acabaram presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e indiciados juntamente com Gilmar e Andreia. Ele seria responsável pela compra de casas e terrenos, que eram documentados em nome de Evandro, no entanto, os bens eram de Andréia, segundo os investigadores do caso.

A fiança aplicada a Ivamil foi de 12 salários mínimos (R$ 10,56 mil). Dos quatro presos, Ivamil foi o primeiro a conseguir a revogação da prisão, em pedido feito separado dos demais. Segundo seu advogado, Rodrigo Martins Alcantara, a inexistência dos requisitos ensejadores do pedido de prisão preventiva, foi alegação principal da defesa. “Agora é aguardar a expedição do alvará de soltura. Acredito que ele vai ser solto entre hoje e amanhã”, informou o advogado.

Denúncia

As prisões e mandados de busca e apreensão foram efetuadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do MPE (Ministério Público Estadual). A operação foi batizada de Pecúnia (dinheiro, grana).

O quarteto detido por força de mandado de prisão temporária (cinco dias), foi denunciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

De acordo com o Gaeco, entre os anos de 2014 e 2015, quando a Capital ainda era administrada por Gilmar Olarte, a mulher dele, Andréia, “adquiriu vários imóveis na Capital, alguns em nomes de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferência bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Evandro, afirma o Gaeco, entra no esquema do casal Olarte, como uma espécie de laranja. Ivamil Rodrigues, corretor de imóveis, comprava casas e terrenos, que eram documentados em nome de Evandro, no entanto, os bens eram de Andréia, segundo os investigadores do caso.

Gilmar Olarte foi eleito vice-prefeito de Campo Grande, em outubro de 2012, e assumiu o mandato em janeiro de 2013. Em março do ano seguinte, em 2014, ele tornou-se prefeito porque o então prefeito, Alcides Bernal, PP, foi cassado pela Câmara dos Vereadores por meio de uma CPI.