Segundo presidente, grupos favoráveis e contrário ao projeto estão bastante acalorados 

O presidente da Câmara Municipal de , vereador João Rocha (PSDB), confirmou que o veto do prefeito Alcides Bernal (PP) ao polêmico projeto conhecido popularmente como será colocado em discussão e votação na próxima quinta-feira (9). Para isso, a segurança da Casa deverá ser reforçada.

“Vai ser pautado, votado e os dois lados terão direito ao contraditório, até porque são dois lados bastante extremados. É papel da presidência acalmar a situação, até para se evitar o conflito”, explica João Rocha, ressaltando que uma série de “cuidados” serão tomados, especialmente na área da segurança.

João relembrou situação anterior onde a presença de grupos favoráveis e contrários ao projeto gerou conflito na Casa e a sessão acabou suspensa. “É possível que a segurança seja reforçada. Eu acho muito ruim ter que colocar guardas, policiais, seguranças dentro da Casa de Leis, pois me incomoda enquanto democrata, mas essa situação exige. Tenho conversado com os dois lados e vejo que os ânimos estão acalorados, então cabe a mim medir essa temperatura e tentar apaziguar”, frisa.

O presidente ainda não confirmou, mas é possível que o veto do prefeito em relação a outro projeto polêmico também seja votado nesta data, o de reajuste dos servidores municipais. Neste caso a previsão é de que a Câmara fique lotada, considerando que toda vez que o tema é abordado, um grande número de servidores comparecem à sessão.

Votos

Pelo menos 12 vereadores já sinalizaram que irão manter o veto do prefeito. Luiza Ribeiro (PPS), por exemplo, que já havia votado contra o projeto ao lado de Eduardo Romero (Sustentabilidade), afirmou que não há razão para mudar de opinião e que continua contrária ao projeto. “Minha manutenção do veto é inevitável”, disse. Romero também sustenta o voto pelo veto do prefeito.

Diante da repercussão após aprovação na Câmara, outros vereadores também sinalizaram que votarão a favor da manutenção do veto prefeito. São eles: Cazuza (PP), Airton Saraiva (DEM), Edil Albuquerque (PTB), José Chadid (PTB), Carla Stephanini (PMDB), Alex do PT, Ayrton Araújo (PT), Carlão (PSB), Chiquinho Telles (PSD).

Já os vereadores Livio (PSDB), Roberto Durães (PSC) e Saci (PTB) também falaram que o tema merece maior análise, mas preferem não adiantar posicionamento em relação ao veto. Flávio César (PSDB), diz que avalia o termo “Lei da Mordaça” como exagerado e que votará contra o veto.

Eduardo Cury (SD) diz que é favorável ao projeto e que votará para derrubar o veto do prefeito. Segundo ele, muitos exageros são cometidos por professores dentro de sala de aula. “Essa lei precisa existir porque estão amordaçando as crianças. Não querem que elas falem, não querem que denunciem”, defende. Autor do projeto, Siufi também deve votar a favor se estiver na sessão.

Presidente da Câmara Municipal, o vereador João Rocha (PSDB) não precisa votar, a menos que que aconteça um empate durante a sessão, porém prefere não adiantar voto, ressaltando que tema merece ampla discussão.

Os demais vereadores da Casa, que não foram citados na matéria, ainda não se posicionaram sobre seus possíveis votos.