Segundo deputado, seu nome está entre os cotados pelo PMDB 

O deputado sul-mato-grossense Carlos Marun (PMDB) reafirmou, nesta quinta-feira (7), que foi um dos maiores incentivadores para renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados, e atribuiu para si próprio, parte dos méritos pela decisão tomada hoje pelo parlamentar.  Segundo Marun, o assunto já está concluído e o objetivo agora é manter o PMDB na presidência, citando inclusive, seu nome como um dos cotados.

O sul-mato-grossense se destacou pela defesa ferrenha que fez ao deputado carioca perante as acusações que o levaram ao afastamento, pelo Supremo Tribunal Federal, da presidência da Câmara e suspensão do mandato por tempo indeterminado. Após decisão, Marun se posicionou favorável ao pedido de renúncia do colega.

“Estive pessoalmente na casa de Cunha expressando minha opinião, mas depois resolvi não insistir mais em cima disso. Na última terça-feira, fui novamente ao encontro dele e sugeri outra vez pela renúncia. Não posso afirmar que a decisão se deu com base nos meus argumentos, mas acredito que minha opinião teve valor”, afirmou.

Carlos Marun disse ainda que não teve contato com Cunha após renúncia oficial feita hoje, mas ressaltou que o PMDB se mobiliza para manter a cadeira de presidente com a sigla. “Há um entendimento dentro do partido de que a vaga deve ser complementada pelo PMDB e já temos alguns nomes sendo indicados, inclusive o meu”.

Com a renúncia, o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), tem prazo de cinco dias para realizar nova eleição. O eleito presidirá a Câmara até fevereiro do ano que vem, quando se encerraria a gestão de Cunha.

Sobre possibilidade de assumir a vaga, Marun reafirmou que seu nome está cotado, mas garantiu que ainda não há nada garantido. “Indicaram meu nome, mas tem gente com mais tempo de Casa dentro do partido, ainda estamos analisando”. Entre outros possíveis nomes estão o do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Sergio Souza (PMDB-PR). 

Ainda segundo o peemedebista, a renúncia de Cunha não teve ligação com julgamento de recurso no Conselho de Constituição e Justiça, conforme apontado por outros deputados da Casa.”A decisão de Cunha esta voltada ao sentido de distensionar os trabalhos da Câmara, que estão praticamente parados”, completou.