Carlão afirma que MP ‘esqueceu’ que ele chegou a defender Bernal de comissão
‘Estou sendo acusado de uma coisa que não fiz’, diz vereador
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‘Estou sendo acusado de uma coisa que não fiz’, diz vereador
Já intimados para apresentarem defesa na denúncia feita pelo MPE-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), no âmbito da Operação Coffee Break, alguns vereadores começam a apresentar justificativas para provar que não cometeram irregularidades.
Na sessão desta quinta-feira (23), o vereador Carlão (PSB) um dos denunciados, negou que tenha recebido vantagens para votar pela cassação de Bernal, e que inclusive votou contra a abertura da Comissão Processante por acreditar, até então, que o prefeito não tinha cometido irregularidades.
“Estou sendo acusado de uma coisa que não fiz. Um erro gravíssimo, como vou ser denunciado por votar contra o sistema”, declarou Carlão.
Segundo o vereador, no dia da abertura da Comissão Processante, que culminou com a cassação de Bernal, os promotores identificaram um depósito bancário referente à verba indenizatória da Câmara da Capital.
“Essa verba serve para atender demanda do gabinete e que na época estava suspensa, saiu uma liminar retornando pagamento e coincidentemente feito no dia da votação da abertura da Comissão Processante, o MPE ‘esqueceu’ que nesse dia eu votei não”, frisa.
Provas
O parlamentar também questiona as provas anexadas na denúncia, uma delas uma foto de seu perfil particular do Facebook com uma líder comunitária que foi nomeada na gestão de Gilmar Olarte, supostamente como indicação de Carlão. O vereador e a mulher negam a acusação.
O advogado de Carlão, Rodrigo Dalpiaz, afirmou que considera as provas contra seu cliente ‘frágeis’. “O Ministério Público está usando tudo como prova. Cabe ao Judiciário ver se o que o Ministério Público usa como prova é suficiente para haver uma absolvição ou condenação. Eu como advogado vou me ater a documentos e não noticias, de qualquer mídia”, afirmou o defensor.
Carlão pontua ainda que já reuniu toda documentação para fazer sua defesa e que está ‘tranquilo’. Ele afirma que não conhece e nunca manteve contato com os empresários João Amorim e João Baird, que teriam ajudado no suposto esquema para em troca de benefícios para suas empresas.
“Não sou vereador de elite, nunca fui na casa deles, não conheço esses caras”, finalizou o vereador.
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