Estudante presidente associação de

O presidente da Associação Pátria Brasil, Vinícius Siqueira, protocolou na quarta-feira (20), junto à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado federal (PSOL-RJ), que teria cuspido no colega Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a sessão de votação do pedido de da presdiente Dilma Rosseff (PT) no plenário da Casa no último domingo (17). 

Vinícius, que mora em Campo Grande mas preside a Associação com sede em Brasília, disse que a representação possui bases legais. “O parlamentar não pode agredir fisicamente, nem cuspir em outro parlamentar”, disse ele.

O presidente da associação de combate à corrupção afirma que parlamentares já tinham ameaçado mover representação contra Wyllys, mas que pretendeu agir por conta própria pois o pedido pode ser protocolado por qualquer cidadão.

“Ele é um representante do povo e agrediu outro representante do povo”, afirmou Vinícius. Segundo ele, o deputado Jean Wyllys pode sofrer cassação do mandato, caso a representação seja aprovada no Conselho de Ética.

“Outra vez o deputado chamou outro parlamentar de ladrão, o que também configurou quebra de decoro parlamentar. Por ser reincidente, ele sofreria a cassação”, disse. Na ocasião narrada, em 28 de outubro de 2015, Wyllys teria respondido a uma suposta agressão feita pelo pelo deputado João Rodrigues (PSD-SC) que teria lhe chamado de ‘escória'. 

No documento entregue à Mesa Diretora, Vinícius diz que no dia 17 de abril, durante o segundo impeachment (sic) de um presidente da República, os brasileiros exerciam “seu direito de se manifestar de maneira exemplar, causando inveja em nações mais maduras”. Ao se referir à cusparada, o documento diz que “Nem o ‘Big Brother Brasil', programa onde Jean Wyllys fez fama, admite este tipo de comportamento. […] A Câmara virou um destes ‘Reality Shows'?”. O documento encerra pedindo “menos extremismos e mais bom senso”.

Cassação

Vinicius rebateu também o argumento do deputado do PSOL de que teria respondido a agressões verbais proferidas por Bolsonaro. O campo-grandense acredita que o presidenciável do PSC disse apenas ‘tchau querida', e não ofensas ao colega.

Em nota divulgada em seu perfil nas redes sociais, Wyllys afirmou que teria sido xingado de “boiola”, “queima-rosca” e “veado” por Bolsonaro. “Se ele (Jean) tivesse dito isso em plenário na Câmara, estaria quebrando mais uma vez o decoro, pois estaria mentindo”, disse Siqueira. 

Em relação ao cuspe de Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), contra Jean Wyllys, Vinícius afirmou que está avaliando o caso para ver se apresentará uma representação contra o parlamentar também. O vídeo em que Bolsonaro filho cospe no ex-BBB foi divulgado nas redes sociais no começo desta semana. Segundo Eduardo, o ato teria sido em defesa do pai.

(Sob supervisão de Ludyney Moura)