Vereador alegou que novo governo poderia prejudicar funcionalismo

A Câmara Municipal de Bela Vista, município distante 344 km da Capital, na fronteira com o Paraguai, decidiu não afastar cautelarmente o prefeito Douglas Gomes (PP), o 4º desde 2013, para não prejudicar o funcionalismo público.

De acordo com o presidente da Câmara local, vereador Waldez Marques Claro (SD), os parlamentares se reuniram com o promotor da cidade e decidiram manter Douglas na função, já que nos próximos dias a prefeitura deve receber um aporte financeiro que vai ajudar a sanar as irregularidades que motivaram o afastamento.

“Analisamos a demanda, conversamos como promotor e com assessoria jurídica e achamos por bem, em prol dos funcionários de Bela Vista, não assumir agora”, revelou Waldez.O MPE-MS (Ministério Público Estadual), havia recomendado apuração do legislativo sobre o atraso no pagamento do salários de profissionais da rede municipal de saúde. 

Segundo o presidente da Câmara, atrasos no pagamento de servidores municipais, desvios nos recursos do Fundeb e ‘outras irregularidades’, motivaram a decisão por afastar Douglas Gomes.

Todavia, nos próximos dias Bela Vista deve receber cerca de R$ 2 milhões, segundo Waldez, oriundos de repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e arrecadação com impostos municipais.

Sumido

Waldez Marques revelou à reportagem do Jornal Midiamax que não encontra o prefeito da cidade há cerca de um mês. Douglas também não atendeu aos telefonemas na manhã desta quinta-feira (10).

Caso os atrasos no pagamento de funcionários públicos municipais não seja resolvido com o recurso esperado, a Câmara promete novamente afastar Douglas Gomes da prefeitura. “Estamos monitorando dinheiro que está chegando. Inclusive com ajuda do Ministério Público que tem feito parceria no trabalho de fiscalização (das contas públicas)”, finalizou o presidente da Câmara.