Ele garante que cumpriria o TAC
O vice-prefeito de Campo Grande afastado, Gilmar Olarte (Pros), disse que só deu sequência aos contratos já feitos via Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária e Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar) enquanto esteve à frente da Capital entre março de 2014 e agosto do ano passado. Ele assumiu no intervalo em que o atual chefe do Executivo ficou cassado, ou seja, pegou e devolveu a gestão a Alcides Bernal.
“Olha com respeito ao tempo que passei na gestão apenas dei sequência aquilo que estava em curso”, disse. Ele ainda garante que a intenção era cumprir o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o MPE (Ministério Público Estadual) ainda na administração de Nelson Trad Filho (PTB) em 2011.
“Tem o TAC aonde tinha um acordo feito pelo próprio Nelsinho e dentro de determinado prazo seriam finalizados os contratos, ia finalizar confirmo o TAC, me causa estranheza o prefeito Nelson Trad fazer essa fala”, completou referindo-se às falas do ex-prefeito que culpou as administrações anteriores e sequentes à dele pelas supostas irregularidades.
Olarte não soube responder na hora se chegou a assinar algum ofício de político pedindo contratação de pessoas via Seleta e Omep. “É muita coisa, é muito tempo, não tenho como afirmar de cabeça”. Olarte afirma que o mais importante é que aposentou mais de mil servidores enquanto esteve no Executivo, fato que, para ele , justifica ter continuado com os contratos.
“Havia algumas dificuldades e limitações com o pessoal da área da educação, nos Ceinfs (Centro de Educação Infantil), por isso apenas de sequência ao que recebi. Tinha um TAC e caminhávamos em direção desse objetivo”, concluiu.
Nos autos, porém, o juiz David de Oliveira Gomes Filho explica que o termo foi firmado em 2011, sendo que “um prazo foi previsto e o prazo se esgotou sem que as providências fossem tomadas”. Outro acordo foi feito quando o vice-prefeito afastado, assumiu o Paço, também sem sucesso.
Mais uma tentativa ocorreu com Bernal, mas teve o mesmo desfecho. “O Ministério Público tentou novas tratativas com o Sr. Alcides Bernal, mas desanimado com o aparente insucesso e ao perceber que se passaram aproximados 05 anos do primeiro acordo e que o número de pessoas abrangidas pelos convênios Seleta e Omep só aumentava, decidiu executá-lo”.