Pular para o conteúdo
Política

Briga política pode deixar servidores sem reajuste até decisão da Justiça

Câmara sinaliza derrubada de veto do prefeito
Arquivo -

Câmara sinaliza derrubada de veto do prefeito

O veto do prefeito Alcides Bernal (PP) ao projeto que dispõe sobre o reajuste dos servidores municipais gera novo impasse na Câmara Municipal, o que pode deixar trabalhadores sem qualquer reposição até uma decisão judicial. O Sindicato da categoria quer a derrubada do veto e os vereadores dizem que irão atender à solicitação. Desta forma, o único recurso do executivo será encaminhar o reajuste para Justiça.

Conforme o vereador Carlão (PSB) explicou, há um consenso na Casa de Leis em atender as solicitações da categoria. “Se o sindicato preferir o veto, nós vamos manter. Mas se quiserem que derrubemos, nós vamos derrubar. Aí o prefeito vai resolver essa questão na Justiça”.

Por sua vez, o presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores e Funcionários Municipais de ), Marcos Tabosa, garante que a categoria não aprova o reajuste inferior aos 9,57% e desta forma, prefere que os vereadores derrubem o veto de Bernal. “Já conversamos com os vereadores. Tenho plena convicção de que irão respeitar nossa reivindicação, como têm feito nos últimos meses, e irão derrubar o veto. Já conversamos com alguns e acredito que não teremos problema nisso”, afirmou.

O veto do prefeito deu entrada na Casa de Leis nesta quarta-feira (31), mas ainda não está previsto em pauta de votação. Independente do resultado dos votos dos parlamentares, já é possível afirmar que não haverá tempo hábil para inclusão do reajuste na folha de pagamento de maio, como prevê a data base.

Tudo indica que o veto será derrubado e neste caso, a única saída do Executivo seria levar a proposta de reajuste para o Poder Judiciário. Mas se o veto for aceito, os servidores receberiam 3,31% de reajuste, provavelmente na folha de pagamento de julho, já referente aos dois meses anteriores. “Vamos votar o que a categoria decidir”, ressalta o vereador Carlão.

Já Tabosa garante que o veto do prefeito é um desrespeito aos servidores municipais e que se Bernal prefere levar o caso adiante, a resposta será dada nas urnas. “ Na campanha dele, Bernal dizia que colocaria os servidores em primeiro lugar e não é o que está fazendo. Foi com essa promessa que recebeu apoio de aproximadamente 90 mil pessoas, entre servidores e seus familiares. Mas se prefere levar essa simples recomposição da inflação para a Justiça, está dizendo na nossa cara que não precisa do nosso voto”, completou o sindicalista.

Veto

o prefeito Alcides Bernal (PP) vetou o projeto de reajuste anual dos servidores municipais, aprovado pela Câmara Municipal da Capital com índice geral a ser aplicado a partir do próximo mês de junho de 9,57%, o mesmo valor que os próprios já haviam rejeitado anteriormente.

Com a rejeição do reajuste linear de 9,57%, Bernal enviou uma nova proposta à Câmara de 2,79%, referente à inflação acumulada entre 1º de janeiro de 2016 a 31 de março do mesmo ano, depois estendendo o período até o final de abril, elevando o índice para 3,31%, o que foi novamente rejeitado pelos vereadores.

Em sua justificativa, a prefeitura também alega que a proposição de índice inflacionário de reajuste salário é competência exclusiva do Executivo.

“Ocorre que, ao alterar o índice de revisão geral dos vencimentos dos servidores proposto pelo Senhor Prefeito Municipal, de 3,31% (três inteiros e trinta e um centésimos por cento) para 9,57% (nove inteiros cinqüenta e sete centésimos por cento), a Câmara Municipal de Campo Grande maculou o projeto de lei com graves vícios que o inviabilizam”, pontua a justificativa do veto.

O prefeito alega que a legislação eleitoral impede concessão de reajuste superior à inflação acumulada no período que antecede 180 dias da eleição, marcada para outubro de 2016. Portanto, com a negativa de 9,57% em abril, a prefeitura, segundo Bernal, ficou impossibilidade de conceder reajuste superior a 3,31%.

Ainda em sua justificativa, Bernal alega, como a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) estabelece o patamar de 51,3% da receita corrente líquida para despesas com pessoal, um reajuste de 9,57% implicaria no segundo quadrimestre de 2016, os gastos com pessoal de 53,20% ‘e de impraticáveis 57,27% no terceiro quadrimestre de 2016′.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante madrugada gelada, Rio Brilhante registra temperatura abaixo de 0°C

Filha de Arthur Aguiar e Maira Cardi passa por cirurgia; entenda o motivo

dilson feminicidio

Polícia de MS procura por suspeito de sequestrar e matar mulher no Paraguai

No top 3 das comemorações, Dia dos Pais movimenta açougues em Campo Grande: ’50 pessoas na fila’

Notícias mais lidas agora

Justiça julga neste mês multas de R$ 184 mil contra Consórcio Guaicurus por atrasos de ônibus

pai paternidade

Existe jeito certo de ‘ser pai’? Sul-mato-grossenses relatam como encaram desafios da paternidade

piscina

Bebê de um ano morre afogada após cair em piscina em Dourados

VÍDEO: Moradora brinca com gelo formado durante geada em Ribas do Rio do Pardo

Últimas Notícias

Trânsito

Motociclista é levado para UPA após ser atingido por carro em Campo Grande

Acidente aconteceu durante conversão nos cruzamento entre as ruas Brilhante e Sebastião José Machado

Trânsito

Corsa tomba após bater em pilar e derrubar telhado de imóvel no Danúbio Azul

Motorista estaria embrigado e fugiu do local

Famosos

‘Melhor pai que eu poderia ter tido’, diz caçula de Faustão no Dia dos Pais

Caçula de Faustão, Rodrigo Silva aproveitou o Dia dos Pais para compartilhar uma homenagem ao pai, que está internado desde maio

Política

‘Creio que deve ir até a data-limite’, diz Coringa sobre prazo da CPI do transporte

Vereador diz que deve acontecer uma reunião com os membros da comissão nos próximos dias