Anúncio foi feito após registro de candidatura

Logo após registrar sua candidatura para tentar a reeleição, o prefeito Alcides Bernal (PP) falou sobre a prisão do vice afastado Gilmar Olarte e de sua esposa, Andrea Olarte, ambos do PROS. Para o prefeito, a prisão do casal “é a prova cabal de realmente se deve confiar na Justiça”.

Citado como um dos pivôs da operação que motivou a cassação de Alcides Bernal, Gilmar Olarte teve a prisão decretada na manhã desta segunda-feira (15), acusado de esquema de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica. Também foram presos sob mesma acusação, Andrea Olarte, Evandro Simões e Ivamil Rodrigues.

Sobre a prisão do casal Olarte, Alcides resumiu dizendo que é uma prova de que a Justiça está sendo feita. “A prova cabal de que realmente a gente tem que confiar no Poder Judiciário, no Ministério Público, Polícia Civil e Militar. Nós cidadãos e a sociedade precisa e deve confiar nas instituições e nos poderes constituídos”.Bernal diz que prisão do casal Olarte é prova cabal de que se deve confiar na Justiça

O prefeito também afirmou que a prisão de Olarte era uma questão de tempo. “O tempo é o senhor da razão e tudo que a sociedade já sabe e está esperando, está acontecendo”, completou.

Prisões

A Justiça determinou, no início da manhã desta segunda-feira (15), a prisão do vice-prefeito de Campo Grande, afastado desde agosto do ano passado, Gilmar Olarte, do Pros, a mulher dele Andréia Nunes Zanelato Olarte, e ainda de Evandro Simões Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida, que seriam comparsas do casal num esquema de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

Seis mandados foram cumpridos Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na residência do casal Olarte, na empresa de Andreia, na casa e empresa de Ivamil e na casa e empresa de Evandro. No início da operação, o advogado de Olarte, Jail Azambuja, disse que os mandados a serem cumpridos eram de busca e apreensão de documentos, apenas.

No entanto, por volta das 9h, a assessoria de imprensa do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) , divulgou uma nota anunciando as prisões temporárias, ou seja, por cinco dias, dos envolvidos na trama. De acordo com o MPE-MS, a operação deflagrada nesta manhã possui conexão com a Adna, operação desencadeada no ano passada, por corrupção passiva e que implicou Gilmar Olarte.

Adna é a sigla da igreja fundada por Olarte, Assembleia de Deus no Brasil. Ainda segundo o órgão, as investigações que motivaram as prisões nesta manhã surgiram a partir da quebra de sigilo bancário da mulher de Olarte, Andréia Olarte e da empresa dela, a Casa da Esteticista.

O Gaeco informa na nota que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher dele comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Os investigadores do caso informaram e Olarte e Andréia contavam com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito.

Evandro é réu em oito processos de execução fiscal pela Prefeitura de Campo Grande e figura como doador de R$ 10 mil à campanha de Elizeu Dionizio (SD) em 2014 ao Congresso Nacional.