Ele afirmou ainda que confia no trabalho dos órgãos competentes

O prefeito Alcides Bernal (PP) falou novamente sobre a Operação Coffee Break, em que foram denunciados 24 pessoas pelo MPE (Ministério Público Estadual) nessa terça-feira (31). Segundo o chefe do executivo municipal, deve aparecer sim mais pessoas que não foram incluída na lista. Esta operação investiga justamente se houve articulação e troca de favores para a cassação de Bernal, em março de 2014. Dentre os 24, 13 são vereadores e o restante empresários e políticos sem mandato no Estado.

De acordo com Bernal, ao ser perguntado se acha que irá aparecer mais nomes envolvidos, além dos que foram denunciados, ele prevê que sim. “Acredito e confio que o Ministério Público através da PGJ (Procuradoria Geral de Justiça) em que disse que as investigações continuam, então se continuam é sinal de que existe mais coisas sim a serem levantadas”.

O prefeito também enfatizou que confia no trabalho das instituições responsáveis. “Temos que respeitar as autoridades, instituições e os poderes. O Ministério Público fez um trabalho importante que durou bastante tempo, assim como a Polícia Federal. Tenho certeza que não vai ser o mal que vai vencer o bem”.

Também segundo Bernal, a população já está ciente de tudo que vem ocorrendo. “A própria população tem conhecimento de diversas provas em que as pessoas denunciadas demonstraram e comprovaram uma troca de seu voto por vantagens indevidas, por dinheiro, cargo, contrato, enfim. Vamos aguardar os próximos passos”, concluiu.

Bernal acredita que mais nomes devem aparecer na Coffee BreakOperação

A Operação Coffe Break, que investiga se de fato houve negociata para a cassação de Alcides Bernal, reconduzido ao cargo em agosto de 2015, está em curso há dez meses, na qual foram colhidos 50 depoimentos e o relatório fechado com mais de 7 mil páginas de documentos.

Na última terça-feira, o caso chegou em um dos seus momento mais importante em que o MPE ofereceu denúncia a 24 pessoas para a Justiça. Os crimes dados aos envolvidos citados são de associação criminosa, corrupção passiva e corrupção ativa.

Bernal ficou um ano e meio afastado e seu vice Gimar Olarte assumiu o cargo. Com a deflagração desta operação, Olarte foi afastado, por decisão do Tribunal de Justiça acatando pedido dos promotores responsáveis pela investigação de envolvimento dele no alegado esquema para cassar o prefeito.

A investigação foi conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), responsável pelo trabalho de apuração, liderada pelo promotor Marcos Alex Vera. Com as denúncias, nenhum pedido de prisão ou afastamento foi feito, sob alegação de que, nesta fase, não há mais essa necessidade.