Manifestantes são contra o Golpe
Aproximadamente cem pessoas compareceram na tarde desta quinta-feira (31) no canteiro da Avenida Afonso Pena com a rua 14 de julho, centro da Capital, para manifestar apoio à presidente Dilma Rousseff e a favor da democracia. Orlando de Almeida Filho, coordenador da Frente Brasil Popular, comentou que não está preocupado em lotar o ato,“Muita gente nossa está nesse momento em Brasília (cerca de 1 mil pessoas). Somos contra a corrupção e estamos aqui para dialogar diretamente com a população sobre pautas locais: questão de saúde, aquário do Pantanal, demarcações das terras indígenas e tudo mais que for urgente na nossa região deve ser debatido” afirma.
A escolha pelo dia 31 de março se dá pelo fato de marcar 52 anos do Golpe de 64, por isso, o movimento recebeu o nome de Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Democracia. A enfermeira Adrieli Benitez,28, compareceu com o marido e os três filhos, ela considera importante a participação das crianças em um momento histórico para o país “ Eu não acredito em nada que vejo na grande mídia, ocorre muita distorção de informação por parte da imprensa. Quem precisa ser e cassado é o Cunha, mas todo mundo só fala da Dilma, não é por aí que resolvemos a situação” defende. O coordenador do ato acredita que vai conseguir passar a mensagem para todos que estiverem presentes, “Nosso encontro tem caráter pedagógico, não queremos que a sociedade se baseie somente nas informações da mídia, vamos fazer o contraponto e oferecer essa outra leitura” declarou.
A artesã Flor de Lótus, 53, não continha sua empolgação, contou que se tiver que sair nas ruas até o ano de 2018 à favor da democracia, vai sair, “Não vai ter golpe, o povo fala que o Brasil está parado, claro, ninguém está deixando a Dilma trabalhar em paz, como ela vai reorganizar o país? Mas eu sou positiva, daqui a pouco vai ficar tudo bem”.
Estavam presentes manifestantes ligados a diversos movimentos sindicais, CUT (Central Única dos Trabalhadores), MST ( Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), PT (Partido dos Trabalhadores) e Universidade pela Democracia (UFMS, UEMS e UFGD).
A estimativa é reunir em torno de 300 pessoas na região central, com manifestação culminando em ato religioso na Praça do Rádio, às 19h.
O ato acontece em 23 Estados e no Distrito Federal.