Ilda Salgado Machado é esposa de ex-deputado

O MPE (Ministério Público Eleitoral) solicitou à AL-MS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) a ficha completa da servidora aposentada Ilda Salgado Machado. Esposa do ex-deputado Londres Machado e mãe da parlamentar Grazielle Machado (PR), atual 2ª vice-presidente do Legislativo estadual, ela é alvo de uma investigação que apura “eventual omissão de informações no registro de candidatura” na campanha em , município no qual foi eleita prefeita, distante 258 quilômetros de Campo Grande.

Ao comunicar a instauração do Procedimento Preparatório Eleitoral – 02/2016, “com o objetivo de apurar eventual omissão de informações no registro de candidatura de Ilda Salgado Machado durante o pleito eleitoral de 2016”, o promotor de Justiça Romão Avila Milhan Junior, da 4ª Zona Eleitoral, pediu ao Procurador-Geral do MPE, Paulo Cezar dos Passos, que solicite informações ao presidente da AL-MS, deputado Junior Mochi (PMDB).

No Diário Oficial do MPE desta segunda-feira (19), a Promotoria Eleitoral pede, no prazo de 10 dias, “tendo em vista a apuração de eventuais ilícitos eleitorais”, documentação para comprovar “qual o valor dos proventos percebidos atualmente pela servidora aposentada Ilda Salgado Machado?”, “qual a conta bancária em que a citada servidora recebe seus proventos?”, e se “durante o efetivo exercício do cargo, houve interrupção, suspensão, afastamentos, licenças da citada servidora?”, acrescentando que, “em caso positivo” sejam encaminhadas “certidões visando comprovar o alegado”.

A prefeita eleita, que é alvo da investigação, também deverá ser notificada para “apresentação de documentos e o oferecimento dos subsídios que desejar, no prazo de 15 (quinze) dias, bem como sejam encaminhadas cópias das declarações de Imposto de Renda dos últimos 05 (cinco) anos”.

Eleita prefeita de Fátima do Sul pelo Partido da República, Ilda Salgado Machado obteve 6.882 votos (51,67% dos válidos) e superou o atual mandatário do município, Junior Vasconcelos (PSDB), votado por 6.438 eleitores (48,33% do total) nessa disputa.

No dia 10 de novembro, contudo, juíza eleitoral Rosângela Alves de Lima Fávero determinou a cassação da expedição do diploma da prefeita eleita, por denúncias de compra de votos. Um vídeo divulgado em redes sociais mostrava Ilda supostamente dando dinheiro para eleitores em troca da votação.

No dia 5 passado o TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) derrubou a decisão anterior e autorizou que a prefeita eleita fosse diplomada, o que ocorreu na quarta-feira (14).