Luíza quer igualdade para negros e índios em concursos

Os vetos a sete projetos aprovados na Câmara Municipal que o prefeito de , Alcides Bernal (PP), publicou no Diário Oficial desta segunda-feira (25) continuam repercutindo negativamente entre os legisladores. Desta vez até mesmo a mais fiel aliada ao progressista na Casa de Leis desaprovou a atitude. Luíza Ribeiro (PPS) pediu que ele leve em consideração o direito de igualdade, referindo-se à medida que prevê reserva de vagas para índios e negros em concursos públicos da Capital.

Para justificar a atitude, o chefe do Executivo expôs que “o sistema de cotas em concursos públicos deve ser usado para equilibrar a questão educacional e econômica discrepante que inegavelmente há entre algumas camadas da sociedade, sendo comprovado que pessoas com menos acesso aos recursos de aprendizado que outras, dificilmente competirão em igualdade de condições com estas, ou se o fizerem, terão que despender o dobro de energias e esforços que uma pessoa que teve total acesso aos instrumentos adequados e qualificados se valeu”.

Luíza, uma das autoras do projeto, alega que “a política de reserva mínima de vagas para negros e indígenas em concursos públicos é medida que representa apenas um pouco de compensação para quem está tão à margem”. Ela oferece ajuda para Bernal se quiser argumentos contundentes para dar aval ao texto.

“Se quiser ajuda, para os argumentos, temos cientistas sociais, historiadores e juristas à disposição! Prefeito Alcides Bernal o senhor que tem sempre um olhar atento àquele menos privilegiados, não feche os olhos para o racismo e a desigualdade”, disse por meio do Facebook. Chiquinho Telles e Coringa, ambos do PSD, também são autores da medida. Os cassados Thais Helena (PT) e Paulo Pedra (PDT), que ocupa secretaria de Governo e Relações Institucionais do prefeito, também assinam.

Outros vetos que geraram polêmica foram acerca dos projetos que defendem isenção do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para pessoas com câncer e de baixa renda. O vereador Marcos Alex (PT) disse que o Executivo não cumpre slogan de campanha eleitoral que prega “as pessoas em primeiro lugar”.