Pedido foi protocolado nesta segunda-feira
O vice-prefeito afastado, Gilmar Olarte, e sua esposa Andrea Olarte, que estão presos desde o dia 15 de agosto, tentam reaver a liberdade, desta vez, através do STF (Supremo Tribunal Federal). O novo pedido de Habeas Corpus do casal foi protocolado nesta segunda-feira (5).
A defesa de Olarte já havia sinalizado que tentaria recorrer a instância superior, após duas negativas do STJ (Supremo Tribunal de Justiça). O último pedido foi ingressado no 21 de agosto para que ele fossem soltos, no entanto o ministro Antônio Saldanha Palheiro indeferiu a solicitação.
O casal foi preso provisoriamente no dia 15 de agosto, acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e associação criminosa. Já na manhã seguinte, a defesa entrou com pedido de HC e o mesmo ministro proferiu decisão negativa.
No dia 20 de agosto, quando o cárcere chegaria ao prazo final, a prisão foi transformada em preventiva a pedido do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). Agora eles não têm previsão de saída. A ex-primeira-dama está no presídio feminino e Gilmar no presídio militar.
Também estão em cárcere, Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito. De acordo com o MPE-MS a operação deflagrada tem conexão com a Adna, investigação desencadeada no ano passado, por corrupção passiva e que implicou o pastor.
A reportagem tentou contato com os advogados do casal, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
Prisões – As prisões foram cumpridas durante operação Pecúnia, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na residência do casal Olarte, na empresa de Andreia, na casa e empresa de Ivamil e na casa e empresa de Evandro.
Na ocasião, o Gaeco informou em nota que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher dele comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.
Os investigadores do caso informaram e Olarte e Andréia contavam com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito.
Defesa – O desembargador Luis Cláudio Bonassini será o relator da denúncia ingressada pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual) contra o casal Olarte. Na última segunda-feira (29) ele deu prazo de 15 dias para que a defesa de ambos apresente manifestação por escrito para que só então haja decisão sobre aceitar ou não a ação de crimes de lavagem, ocultação de bens, direitos ou valores, investigação que resultou na prisão do casal.
O MPE-MS, por sua vez, tem o mesmo período para apresentar o conteúdo integral da investigação de forma digital, com exceção das plantas e mapas dos imóveis referidos pela denúncia.