Apesar de ser contra, Luiza votou favorável à solicitação

A Câmara aprovou o convite feito pelo vereador Edil Albuquerque (PTB) para que o deputado federal Elizeu Dionizio (PSDB), vá ao legislativo municipal ‘relembrar' as infrações político-administrativas que teriam sido cometidas pelo prefeito Alcides Bernal (PP) e registradas no relatório da chamada CPI do Calote que embasou a Comissão Processante que cassou o progressista, em março de 2014.

Aliada de Bernal na Câmara, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), afirmou que o processo de cassação já foi julgado pela Justiça que devolveu o cargo ao progressista, que inclusive já negou novas tentativas de afastar o prefeito.Aliada de Bernal discorda, mas convite a Elizeu é aprovado na Câmara

“Acho completamente desnecessário a presença do deputado federal para relembrar isso. Ele tem que vir dizer quais ações como deputado tem feito por . O papel dele não é vir relembrar ações que já estão devidamente resolvidas”, disparou Luiza, que acabou votando favorável ao convite.

O vereador Mario Cesar (PMDB), que presidia a Câmara na época do afastamento do prefeito, voltou a afirmar que todo o processo ‘foi feito dentro da legalidade'.  “Exista uma pressão em cima da Casa pela cassação de Bernal”, disse o peemedebista.Siufi lembrou de recomendação que teria sido feita por corregedor do MP

Também do PMDB, Paulo Siufi, que presidiu a CPI do Calote, frisou que o relatório final foi encaminhado à OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso do Sul), Tribunal de Justiça e Ministério Público. “Uma pena que não fizeram nada depois disso”.

Siufi relembrou que o então corregedor-geral do Ministério Público Estadual, Mauri Riccioti, chegou a ir à Câmara cobrar atitudes dos vereadores frente às denúncias de irregularidades cometidas por Bernal. “Não entendo o porquê de toda essa ação nefasta contra uma parcela daqueles que fizeram o seu papel nesta Casa”, disse.

O atual presidente, vereador João Rocha (PSDB), classificou de ‘apropriada' a visita do deputado, e ressaltou que o processo de cassação foi respaldado inclusive pela Procuradoria-Geral de Justiça.

Já o vereador Carlão, que votou contra a abertura da Comissão Processante, pontua que foi justamente o relatório elaborado por Elizeu que o levou a votar pela cassação de Bernal.