Candidato tucano corre risco de perder eleição

 

O senador , presidente nacional do PSDB e um dos nomes cotados para disputar a Presidência em 2018, que esteve semana passada aqui em Campo Grande para apoiar a vice-governadora Rose Modesto, candidata do PSDB, vai mudar de estratégia. Ele deve concentrar sua agenda de compromissos em Belo Horizonte na reta final do segundo turno para tentar evitar a derrota de seu aliado, João Leite (PSDB), na disputa pela prefeitura da cidade.

Daqui de Campo Grande, Aécio viajou para Cuiabá (MT), onde participou de ato pelo candidato Wilson Santos, tucano que já foi prefeito da capital mato-grossense.

Após ser o mais votado no primeiro turno, o candidato tucano aparece com 35% das intenções de voto, em desvantagem numérica em relação a Alexandre Kalil (PHS), que tem 41%, segundo pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira (20).

Com a margem de erro de três pontos porcentuais, o resultado indica empate técnico.

Reservadamente, tucanos de todas as correntes internas avaliam que uma derrota em Belo Horizonte prejudicaria substancialmente o projeto nacional de Aécio e forçaria o retorno dele a Minas Gerais em 2018 para recompor sua base política.

Em 2014, o candidato de Aécio no Estado, Pimenta da Veiga, foi derrotado pelo petista Fernando Pimentel na disputa pelo governo e sua adversária na corrida pela Presidência, Dilma Rousseff, teve mais votos no Estado.

Nas últimas semanas e após aliados de Geraldo Alckmin e José Serra pressionarem publicamente o grupo do senador por mais espaço nas bancadas e no partido, Aécio fez um giro pelo Brasil para ajudar candidatos tucanos.

Presidência

Na disputa pelo comando do partido, aliados de Aécio sinalizam que ele próprio pode renovar o mandato na presidência do PSDB. Apesar de estar no segundo mandato, o estatuto tem brechas que permitem a renovação por pelo menos mais um ano. A escolha será em maio. O cargo é crucial nas articulações internas com vistas à disputa de 2018.

Já a proposta de realizar prévias nacionais para a escolha do candidato do partido, defendida por Alckmin, é vista pela maioria do partido como inviável e “instrumento de pressão” do governador.