Coletiva ocorre na manhã desta quarta-feira

Os advogados de grande parte dos denunciados na Coffee Break realizam nesta quarta-feira (27) coletiva de imprensa para apontar falhas na investigação feita pela força-tarefa do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) acerca de suposta compra de votos dos vereadores para cassar o mandato do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

De acordo com o advogado Fábio Trad, que defende o vereador Airton Saraiva (DEM), eles querem ter a mesma oportunidade de falar com a imprensa como fez o MPE-MS quando divulgou a lista de 24 denunciados.

“Queremos expor nosso ponto de vista, apontar as falhas na peça acusatória porque os denunciados são políticos e precisam da conscientização de toda a sociedade”, explicou.

Ainda conforme Trad, o MPE está atacando os advogados por conta de uma decisão que partiu do desembargador Luiz Claudio Bonassini. Ele se refere ao despacho que levou o processo à estaca zero.

Isso porque o conteúdo que deu base à investigação não foi anexado por completo nos autos. Agora todos serão notificados novamente e consequentemente ganharam mais prazo para defesa.

“Então amanhã vamos falar da fragilidade e da falta de suficiência técnica da acusação. Esse é um processo longo, complexo e polêmico, então pedimos essa oportunidade excepcional à imprensa por se tratar de acusação excepcional”, concluiu.

Erro – A falha no conteúdo que deveria ser exposto aos advogados para elaboração das manifestações dos réus foi detectada pela defesa do empresário João Amorim. Inicialmente a Justiça rejeitou pedido de dilação de prazo feita pelos defensores do dono da Proteco Construções.

Diante da negativa, eles apontaram ausência de partes do que foi apurado da Operação Adna, uma das investigações que embasou a Coffee Break. Para garantir o direito de ampla defesa, Bonassini pediu que fosse acrescido à ação o conteúdo integral, com exceção do que está em sigilo.