Helio Yudi Komiama foi solto mas não falou com a imprensa

Helio Yudi Komiama, ex-gerente da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), foi o primeiro preso liberado da segunda fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Fazenda de Lama. O seu advogado, Newley Amarilla, conseguiu revogação do pedido de prisão de Hélio, dado pela juíza Monique Leite. 

“Está tudo sob sigilo”, disse Newley sobre o processo de seu cliente. Hélio estava preso na Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), desde a última terça-feira (10), quando foi deflagrada a operação. 

Um carro entrou no estacionamento da delegacia e Hélio entrou escondendo o rosto. O ex-servidor da Agesul deixou a prisão sem falar com a imprensa e escondendo-se embaixo do banco de trás do veículo. 

A Polícia Federal apreendeu, nesta operação, R$ 475 mil em espécie e mais 50 mil dólares durante a Operação Fazendas de Lama que faz parte da 2ª fase da Operação Lama Asfáltica em Campo Grande e em São Paulo. Convertido em reais, os 50 mil dólares gira em torno de R$ 173 mil, por causa da cotação da moeda americana que está em R$ 3,467.

A ação foi feita em conjunto com a Controladoria Geral da União e Receita Federal. De acordo com a PF, a objetivo dessa nova fase é apurar procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

A segunda fase da operação Lama Asfáltica, bloqueou pouco mais de R$ 43 milhões em bens de 24 pessoas, apreendeu dois aviões, um do empreiteiro João Amorim e outro do empresário João Baird, e encontrou na casa dos acusados US$ 10 mil em espécie e um montante em real que ainda está sendo contabilizado pelos agentes da Polícia Federal.

A operação, que envolveu 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal cumpriu 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens dos investigados, dentre eles imóveis rurais e urbanos e contas bancárias.

Foram presos 15 pessoas. Os homens foram transferidos para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e as mulheres para a 3ª Delegacia de Polícia. Somente Rachel Giroto esposa de Edson Giroto, foi levada para o Presidio Militar por ser advogada.

Três das mulheres presas estão em regime de prisão domiciliar, Mariane Mariano de Oliveira, filha de Beto Mariano por ter um bebe de menos de um mês; Elza Cristina Araújo, secretária e sócia de João Amorim, também por ter filho pequeno e Rachel Giroto, esposa de Edson Giroto, por ser advogada.