é primeiro suplente do senador

O PSC sul-matogrossense acompanha com expectativa os desdobramentos do processo de cassação do senador (sem partido-MS), enquanto Pedro Chaves, que detém a suplência do cargo, não faz alardes sobre o assunto, até porque, segundo a sigla, é amigo pessoal do senador. A afirmativa é do presidente regional do partido, Wilson Joaquim da Silva, que sinaliza voto favorável de Chaves ao processo de Impeachment.

Wilson explica que a vaga tem grande representatividade dentro do partido, que até o momento, tem apenas uma cadeira no Senado, de Eduardo Amorim (PSC/SE). “Uma vaga no Senado é importantíssima para qualquer partido e para o PSC é fundamental que Pedro Chaves assuma logo este espaço, garantindo inclusive, mais um voto no processo de impeachment”.

Indagado se Pedro Chaves é favorável ao impeachment, Wilson afirmou que não pode falar em nome dele, mas que como o PSC é contrário, que o suplente deve seguir mesmo encaminhamento. “Não sei afirmar até porque se trata de uma questão particular, mas o PSC é favorável ao afastamento de Dilma, inclusive todos deputados votaram neste sentido na Câmara. Mesmo se tiver pensamento diferente, Chaves deverá acompanhar esta determinação do diretório nacional e votar pelo impeachment, quando senador”, afirmou. O Jornal Midiamax tentou contato com Pedro Chaves, mas não obteve retorno nas ligações. A assessoria do diretório nacional informou que também não conseguiu contato com o suplente nos últimos dias. Wilson Joaquim disse que a última informação é de que ele estaria em .

Sobre a dificuldade em falar com Chaves, o presidente regional garantiu que ele mantém suas atividades políticas no partido, mas que como empresário costuma viajar bastante. “Nos últimos dias ele tem ido muito à São Paulo e a Brasília, porque tem negócios lá. Ele tem escolas e me parece que vendeu parte que tinha em uma faculdade, algo assim. Fora isso tem fazendas e ainda é uma pessoa política”, justificou.

De acordo com Wilson Joaquim, Pedro Chaves mantém posição ‘tranquila' em relação à cassação de Delcídio do Amaral. “Ele está na dele. Está quieto, até porque ele e Delcídio são grandes companheiros. Embora queira a vaga de senador, assumir no lugar do amigo pode não ser confortável”, explica.

Passado– Na eleição de 2014, quando Delcídio disputou o governo do Estado, Chaves assumiu a coordenadoria geral da campanha e, inclusive, costurou alianças com outras siglas, além de montar conselho eleitoral. Mesmo assim o petista não conseguiu vencer. Depois de alguns meses foi incumbido de ser líder da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), no Senado, função que ocupou até ocorrer prisão.

Educador e empresário, Pedro Chaves fez fortuna no ramo da educação e entrou na política apenas em 2010, quando se tornou suplente de Delcídio. Ele também é ligado à família do pecuarista José Carlos Bumlai, apontado como amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e suspeito de envolvimento na operação Lava Jato, assim como Delcídio.  A filha de Pedro Chaves, Neca Chaves Bumlai, é casada com Fernando Bumlai, filho do pecuarista.