Recuo de conselheiro muda destinos

A renúncia do conselheiro José Ricardo Cabral desagradou pelo menos três políticos que sonhavam com promoções. Na quinta-feira (11), após derrota na Justiça, o conselheiro anunciou que desistiu da aposentadoria e adiou o sonho de Flávio Kayatt (PSDB), Herculano Borges (SD) e Juliana Zorzo (PSC).

A desistência de Cabral cria outro capítulo na guerra política que se tornou a indicação para o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Antônio Carlos (PR) foi indicado por André Puccinelli (PMDB), mas conselheiros foram à Justiça pedir cancelamento da aposentadoria, alegando que Cabral pulou etapas para favorecê-lo.

A briga durou vários meses até, na quarta-feira (10), a Justiça acatar pedido dos conselheiros e derrubar a aposentadoria. Isso garantiria a Azambuja o direito de fazer a indicação do novo conselheiro, mas Cabral deu outra cartada, ao renunciar à aposentadoria.

Com a renúncia, Kayatt, que era o mais cotado para a vaga, pode dar adeus ao sonho de virar conselheiro. Como Cabral ainda tem pelo menos mais dez anos no TCE, até completar 70 anos e ter aposentadoria compulsória, Kayatt terá que disputar vaga com companheiro de partido, caso queira a promoção. A disputa ocorrerá porque o deputado federal Marcio Monteiro (PSDB) também está de olho no TCE e aguarda a saída de Marisa Serrano, em 2017, para ser promovido.

Além de Kayatt, Herculano e Juliana Zorzo também vão da alegria à tristeza. Herculano ganharia a vaga de deputado estadual e Zorzo  a de vereadora titular. Porém, a situação de Juliana é um pouco pior. Herculano ainda continuará com o mandato e Juliana continuará como suplente de vereadora.