Grávida, ela está em prisão domiciliar

Depois de duas horas de depoimento, a sócia e secretária do empresário João Alberto Krampe Amorim dos Santos, Elza Cristina Araújo dos Santos Amaral, deixou a sede do MPE (Ministério Público Estadual), nesta tarde. Ela está em prisão domiciliar, pois sua defesa alegou que passa por uma gravidez de risco.

Elza foi ouvida como parte da investigação sobre a suspeita de desvio de R$ 2,9 milhões dos cofres estaduais, relativos a obras que foram pagas, mas não chegaram a ser executadas. O serviço estava a cargo da Proteco, de propriedade de Amorim, da qual Elza é sócia. Ela deixou o local em uma viatura da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos), que foi buscá-la em casa. O advogado que representa , Benedicto de Figueiredo, estava no local, mas não quis confirmar se está atendendo Elza.

Na saída, ele apenas reforçou discurso já feito anteriormente, de que considera desnecessárias as prisões temporárias contra Amorim e mais oito pessoas, entre elas o ex-deputado e ex-candidato a prefeito de Campo Grande, .

Elza é apontada como suposta responsável pelos pagamentos de propina e pela agilização, junto à Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos), da liberação das verbas para as empresas do grupo de João Amorim que prestavam serviços ao governo do Estado

O MPE/MS (Ministério Publico Estadual) instaurou investigação para apurar prejuízo de quase R$ 2,9 milhões aos cofres públicos devido a obra pagas e não executadas na rodovia MS-228, em Corumbá. Na terça-feira (10) nove mandados de prisão foram cumpridos, entre os detidos estão o ex-secretário de Obras e ex-deputado federal, Edson Giroto e o empreiteiro João Amorim, proprietário da Proteco Engenharia. 

O MPE não dá detalhes sobre os depoimentos.