Vereadores rejeitam ideia de reduzir número de cadeiras na Câmara

Matéria só deve passar se for por unanimidade, defendem alguns

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Matéria só deve passar se for por unanimidade, defendem alguns

Se depender dos atuais vereadores, a Câmara Municipal continuará com o número atual de parlamentares: 29. A maioria dos consultados sobre o assunto se diz contrária à ideia de reduzir a quantidade de representantes no parlamento.

É preciso fazer uma análise dos prós e contras, para verificar, também, o que a sociedade pensa a respeito, opina o líder do prefeito Gilmar Olarte (PP) na casa, Edil Albuquerque (PMDB). Segundo ele, eventual redução no número de parlamentares reduz o poder da própria população, “que tem mais representatividade quando há mais vereadores”.

Se a ideia vingar, os maiores partidos é que serão beneficiados, avalia Chiquinho Telles (PSD). “Vai diminuir a representatividade, só os mais abastados vão se reeleger”, diz ele, alegando-se preterido e defendendo que ocorra, então, cortes de gastos nos gabinetes parlamentares.

“Então, que haja redução dentro do próprio gabinete e não no número de vereadores, senão é natural que fiquem os mais riquinhos”, continua o parlamentar do PSD. Atualmente, cada vereador tem direito a verba indenizatória de R$ 8,4 mil mensais.

Outros oito parlamentares consultados pela reportagem torceram o nariz para a ideia. Mostram-se contrários à redução do número de vereadores Luiza Ribeiro (PPS), Thais Helena (PT), Alex (PT), Saci (PRTB), Gilmar da Cruz (PRB), Chocolate (PP), Magali Picarelli (PMDB) e João Rocha (PSDB).

O tucano, por exemplo, diz que é preciso discutir com calma o assunto, pois ele, por exemplo, foi favorável ao aumento no número de vereadores. Decisão contrária, agora, poderia ser vista como incoerente, analisa.

Já Magali seguiu o dito por Paulo Siufi (PMDB). Os dois disseram que só apoiam a mudança se houver decisão unânime na casa.

Projeto neste sentido foi anunciado semana passada por Airton Saraiva (DEM). Segundo ele, a matéria seria apresentada em conjunto com o presidente da casa, Mario Cesar (PMDB), para acomodar as contas do Legislativo a eventual queda nos repasses do duodécimo, por sua vez resultantes de menor arrecadação no Executivo.

“O problema fiscal não está na Câmara, mas no Executivo, a redução não influencia em nada, não mexe no duodécimo”, comentou Luiza Ribeiro. O número atual de vereadores, analisa Thais Helena, dá mais força ao Legislativo e impede, por exemplo, que a Prefeitura mantenha o controle de outros tempos.

Para Saci, a situação atual da Câmara é uma conquista da cidade e seria retrocesso aprovar a redução. “É um direito conquistado, não tem porque mudar”, corrobora Alex.

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