Justiça negou pedido para afastar 17 parlamentares

Os vereadores de adotaram a estratégia do silêncio, na manhã desta quinta-feira (1º), acerca das investigações da Operação Coffee Break. Apenas o presidente da casa, Flávio César (PTdoB), falou em nome dos colegas, avaliando como coerente a decisão da Justiça de negar o afastamento de 17 parlamentares.

“A Câmara, desde o início, vem sendo informada por meio da imprensa. Avaliamos que a decisão da Justiça foi bastante coerente, porque não havia nenhuma necessidade de afastamento, porque o caso ainda está em fase de investigação e a Câmara tem contribuído para esclarecer os fatos”, analisa Flávio César.

O vereador defende que o legislativo municipal “não está acobertando situações, oferecendo todas as condições para a Justiça cumprir o papel dela”. Tanto que abriu Comissão de Ética para investigar, defende o presidente.

Por fim, Flávio César ressalta que a Câmara cassou Bernal cumprindo seu papel de fiscalizadora do Executivo. Cita que, na ocasião, investigações da casa mostraram nove crimes de improbidade cometidos pelo pepista, levando-o à cassação.

Vários outros vereadores, questionados pela reportagem sobre a ordem de prisão do vice-prefeito afastado do cargo de prefeito, Gilmar Olarte (PP), e do empresário João Amorim não quiseram se manifestar sobre o assunto. Para Flávio César, “cabe à Justiça” qualquer manifestação.

Integrante da base de Bernal, a vereadora Luiza Ribeiro (PPS) disse ser “lamentável Campo Grande passar por este constrangimento”. Nenhum parlamentar, até o fechamento deste texto, havia usado a palavra na sessão da Câmara para falar sobre o assunto.

Mais cedo, antes de a sessão começar, os vereadores se reuniram no gabinete da presidência. Os 17 que tiveram os pedidos de afastamento negados votaram, em 2014, pela cassação de Bernal.