Vereadores lançam dúvidas e aliado diz que Prefeitura não teme CPI

‘Não tem o que esconder’, garante líder do prefeito na casa

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‘Não tem o que esconder’, garante líder do prefeito na casa

A recém-criada CPI das Contas Públicas é o centro das atenções do momento na Câmara Municipal de Campo Grande. Em entrevistas durante a sessão desta terça-feira (12), por exemplo, membros e oposição colocam elementos para justificar a investigação, enquanto aliados da Prefeitura garantem não haver nada a esconder nas finanças do município.

“O que deve ser feito é o levantamento técnico para ver o problema de fato, a origem e a solução”, pontua o presidente da CPI, Eduardo Romero (PTdoB). Segundo ele, em que pese o discurso de crise financeira ter sido amplamente usado pelo Executivo, faltaram ações para evitar os impactos do citado desfalque nos cofres municipais: “recentemente foram cortadas gratificações de servidores, no outro dia isso foi revogado, dando a entender que não há planejamento; tudo isso será analisado”.

Na visão de Luiza Ribeiro (PPS), há indícios de irresponsabilidade em atos da Prefeitura. Ela questiona o fato de a folha de pagamento ter custado R$ 170,2 milhões em março, enquanto no mês anterior ficou em R$ 61,9 milhões, conforme dados publicados pelo Executivo no Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande).

“Isso (a diferença nos valores da folha de fevereiro e março) dá a entender que os dados são inventados, não correspondem à realidade. Ou o prefeito revoga (o balanço divulgado) ou tem que se justificar”, continua a parlamentar. Dúvidas como esta, “a princípio algo feito sem nenhuma responsabilidade”, analisa, justificam a investigação aberta no parlamento.

“Não haverá surpresas, a Prefeitura não tem o que esconder”, rebate o líder do prefeito Gilmar Olarte (PP) na casa, Edil Albuquerque (PMDB). Com discurso de tranquilidade, ele garante não ter recebido orientação para acompanhar de perto cada passo da CPI.

Conforme Edil, a falta de dinheiro não é exclusividade da Prefeitura de Campo Grande. Ele analisa que o momento atual de crise financeira reflete uma conjuntura nacional, que acaba deixando investidores e consumidores com medo de gastar. 

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