Informações do MPE chegaram à Casa de Leis

A Comissão de Ética da Câmara Municipal estendeu por mais dez dias prazo de defesa aos vereadores investigados pela Operação Coffee Break. De acordo com o presidente dos trabalhos, João Rocha (PSDB), o MPE (Ministério Público Estadual) enviou documentação solicitada logo quando a investigação começou e, por isso, o conteúdo agora é mais detalhado.

“ Vamos distribuir para os nove vereadores, que terão 10 dias novamente para elaborar outra defesa, agora em cima dessas novas informações. São fatos novos, situações novas, eles terão conhecimento e direito de ampla defesa. As informações são depoimentos, segundo o tucano. “Tudo veio em forma digitalizada e será encaminhado para os 9 vereadores”, completou.Vereadores investigados terão mais 10 dias para tecer defesa à Comissão de Ética

Assim como os envolvidos na Coffee Break, a vereadora Luíza Ribeiro (PPS) terá o mesmo tempo para se defender da representação protocolada por Carlão Borges (PSB). “No requerimento, os vereadores pedem providências sobre a fala dela no depoimento, que eles consideram inverdades, mas eles não pedem afastamento ou cassação, nem poderiam. Mas depois que ela entregar a defesa vamos definir o relator. Acredito que termina neste ano, por ser mais simples”.

Luíza foi ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado ) espontaneamente para denunciar suposto esquema de propina paga aos colegas de parlamento desde a gestão de André Puccinelli (PMDB) na Prefeitura de até a administração de Gilmar Olarte (PP), inclusive para a cassação de Alcides Bernal (PP) em março do ano passado. O conteúdo foi gravado e acabou caindo na internet. O fato ocasionou ira dos vereadores e culminou na representação encabeçada por Carlão para que a Comissão de Ética a responsabilize pelas falas.

A solicitação de punição não foi bem vista por promotores de Justiça envolvidos na Coffee Break e o afastamento temporário de oito vereadores foi pedido ao TJMS (Tribunal de Justiça de mato Grosso do Sul) na semana passada, porém sem sucesso. Luíza prefere não se estender sobre o assunto. “Não houve quebra de decoro, divergências não significam desrespeito”. Ela diz não ter sido notificada.