Parlamentares temem retaliações 

Na Câmara alguns até arriscam palpites sobre a processante. O líder do prefeito, Edil Albuquerque (PMDB), por exemplo, acredita que ela não decola. Porém o sigilo de muitos vereadores aumenta diariamente o suspense sobre os votos.

O vereador Delei Pinheiro (PSD), por exemplo, diz que já tem voto. Mas, prefere deixar para anunciar apenas no dia da votação. Ele entende que um voto antecipado pode dar margem para questionamentos jurídicos futuramente.

O vereador João Rocha (PSDB) também prefere manter o suspense. Ele alega que até o dia da votação muita coisa pode acontecer, o que poderia influenciar em uma votação. “Não posso falar como voto hoje e amanhã ter que mudar o voto. Como vou ficar? Prefiro aguardar”, justificou.

O presidente do PRB em Campo Grande, vereador Gilmar da Cruz, também prefere manter o suspense. Porém, admite que ainda está em dúvida. Ele afirma que o voto será definido apenas no dia da apreciação do requerimento, programada para próxima terça-feira.

O suspense é maior porque é difícil saber quem é da oposição e da base na Câmara. As últimas votações na Casa demonstraram que ainda há muita indecisão, visto que em um dia a base do prefeito vence a oposição e no outro dia se junta para derrubar propostas do Poder Executivo.

É justamente nesta instabilidade que a oposição aposta para fazer a comissão sair do papel. Eles entendem que o prefeito não pode dizer quem é e quem não é da base de sustentação, visto que vereadores não têm seguido todas as orientações.