Presidente deve montar comissão para acompanhar caso
O presidente da Câmara de Campo Grande, Mario Cesar (PMDB), disse ao Midiamax na manhã desta segunda-feira (20) que não fará, como havia pensado, uma reunião nesta tarde para discutir quais as providências serão tomadas sobre escândalo envolvendo o vereador Alceu Bueno (PSL).
Mario explicou que a Câmara não pode tomar nenhuma posição antes de ouvir o que o delgado tem a falar, para ver o que há “de fato e de verdade” no caso. Segundo o presidente, só após a coletiva que os vereadores se reunirão para definir quais providências serão tomadas.
O presidente da Câmara explica que, possivelmente, será montada uma comissão de vereadores para acompanhar o caso, já que se trata de um assunto muito sério. Mario preferiu adotar prudência ao falar sobre o que pode acontecer, dizendo que não vai sofrer por antecipação.
O vereador chegou a demonstrar irritação ao ser questionado sobre o que a Câmara pode fazer. Questionado se os vereadores podem montar uma comissão processante antes do vereador ser julgado, Mario lembrou do caso de Ari Artuzi, que perdeu o mandato e depois foi inocentando, pouco antes de morrer. “Podemos fazer ou não fazer. Tudo depende do que o delegado vai dizer. Como vamos agir se não sei o que está acontecendo?”, concluiu.
O caso
O ex-vereador Robson Martins e o empresário Luciano Pageu foram presos em flagrante, no estacionamento de um supermercado da Capital, na tarde de quinta-feira (17), ao extorquirem o parlamentar.
Na ocasião da prisão, Bueno entregava R$ 15 mil, em dinheiro, à dupla, uma espécie de segunda parcela – a primeira foi de R$ 100 mil – para evitar que supostos conteúdos comprometedores, incluindo fotos e conversas por mensagens de celular, relativos ao envolvimento dele com adolescentes. Estas, pelo menos, são informações que constam no material policial enviado à Justiça após as prisões. O delegado Paulo Loretto ainda não se pronunciou e prometeu falar com a imprensa apenas na próxima quarta-feira.
