Depoimento deixa parlamentares em alerta

O vereador Carlão (PSB) presta depoimento novamente no Gaeco nesta manhã. O vereador volta ao Ministério Público para esclarecer uma polêmica envolvendo a entrega de seu aparelho celular e falar novamente sobre rateio de cargos na prefeitura.

O depoimento do vereador deixa os colegas investigados apreensivos, embora ele mesmo diga que o depoimento não deve mudar muito a investigação. Carlão, no entanto, diz que pretende esclarecer uma polêmica sobre a entrega de um aparelho celular.

O Gaeco chegou a pedir o afastamento dele da Câmara, acusando-o de prejudicar as investigações, visto que entregou um aparelho que não possuía Whatsapp. O vereador explica que o aparelho foi utilizado por ele durante todo processo de cassação de Alcides Bernal (PP), assim como outros, que já foram repassados para terceiros.

“O aparelho que está lá é meu e não tem aplicativo whatsapp.  Eu troquei três aparelhos neste período. Se precisar, mesmo não tendo mais acesso, já contatei  os donos do celular e vou atrás deles, mesmo não estando comigo há dois anos e um ano e pouco”, justificou.

Carlão diz não ter medo da investigação, visto que nunca recebeu proposta em dinheiro de nenhum dos envolvidos, e não entende que conversas sobre possíveis espaços na administração comprometam os parlamentares. Para justificar, ele cita declarações de vereadores que agora estão do lado de Bernal e com cargos na administração.

“Dinheiro nunca ninguém me ofereceu. Como vão oferecer alguma coisa irregular? Se oferecesse estava ferrado. Agora, o Paulo Pedra falava que se o Bernal voltasse ele ficaria com três secretarias e ficou com a Secretaria de Governo, Agência Municipal de Habitação e a Planurb. A Luiza Ribeiro tinha cargos no gabinete dela e nomeou na gestão do Bernal. Se isso for dolo, existe desde o Governo Federal”, analisou.

O vereador afirma não ter sido beneficiado por cargos com a troca de prefeitos, visto que a indicação foi feita pelo próprio partido. Ele refere-se a Marcos Cristaldo, que dirigiu o Planurb na gestão de Gilmar Olarte. “Votei baseado no relatório. Pra falar a verdade, não acreditava que o Bernal não fosse conseguir dez votos”, concluiu. O vereador presta depoimento pela manhã.