Ele já havia pedido, mas não foi atendido

O vereador Eduardo Romero (Rede) reiterou solicitação à Justiça para que seja devolvido seu celular, bem como o chip recolhidos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no dia 25 de agosto para investigação da Operação Coffee Break. Além disso, ele quer ter acesso ao conteúdo recolhido do aparelho por meio de perícia.

A operação apura se vereadores foram subornados para votarem pela cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. Outros legisladores, o ex-vereador Alceu Bueno, o vice-prefeito, Gilmar Olarte (PP), e três empresários tiveram os celulares apreendidos, totalizando 17 equipamentos retidos.

Para não atrapalharem a investigação, o então presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB), e o vice-prefeito da Capital, Gilmar Olarte (PP), foram afastados também no dia 25 de agosto. O peemedebista conseguiu retornar à Casa de Leis depois de três meses, mas renunciou à presidência. Já o pastor segue sem longe das funções públicas.

A perícia nos aparelhos resultou quase 40 mil paginas de conteúdo, incluindo informações, contatos, áudios e mensagens apagados. Os dados foram enviados da perícia ao Gaeco impressos e também por meio de CDs, DVDs e pen-drive e assegurados por meio de planilha para que não haja alteração das informações oficiais. Ao todo foram encontrados 8.504 contatos, destes 697 estavam excluídos, mas foram recuperados pelos equipamentos forenses.

Ligações foram 20.620, sendo 37 apagadas e resgatadas. Mais 15.554 mensagens de SMS com 1.096 excluídas. 1.406 mensagens via Whatsapp com 127 apagadas e 197 anotações, destas 67 removidas pelos donos dos aparelhos. O sistema pericial não especificou se houve formatação integral ou parcial dos telefones. Foram coletados 1.798 áudios, 43.761 imagens e 532 vídeos.