Parlamentar se apresentou espontaneamente

O vereador Carlão (PSB) procurou o para prestar algumas informações sobre a investigação contra ele e outros oito vereadores sobre suspeita de venda de voto para cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).

A reportagem apurou que o vereador foi ao Gaeco por livre e espontânea vontade para esclarecer, ainda que informalmente, alguns pontos da investigação contra ele. Na ocasião, o vereador foi avisado que pode ser reconvocado, se necessário, para ter a oportunidade de dirimir alguma dúvida na investigação.

O Gaeco está em fase final de investigação da Coffee Break, onde os promotores comparam as oitivas com escutas telefônicas, perícia em aparelhos celulares apreendidos, quebra de sigilos fiscais e bancários. Os promotores já avisaram que podem convocar novos depoimentos, caso os investigados apresentem contradições entre depoimentos e provas obtidas.

O Ministério Público Estadual investiga o vice-prefeito Gilmar Olarte (PP), que está afastado do cargo, o presidente da Câmara, também afastado pela Justiça, os vereadores Carlão, Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Jamal (PR), Airton Saraiva (DEM), Gilmar da Cruz (PRB), Chocolate (PP), Edson Shimabukuro (PTB), ex-vereador Alceu Bueno, empreiteiro João Baird, empreiteiro João Amorin e ex-diretor do IMTI, Fábio Portela.

Olarte e Mario Cesar já estão afastados do cargo há dois meses. O Gaeco chegou a pedir afastamento de todos os 17 vereadores que estão no cargo e votaram a favor da cassação de Bernal, mas o desembargador Luiz Claudio Bonassini não autorizou. Ele liberou apenas a prisão de Olarte e Amorin, que ficaram por alguns dias na cadeia.

O Gaeco apreendeu o celular de todos os já citados na reportagem, bem como dos vereadores Otávio Trad (PTdoB), Eduardo Romero (REDE) e Flávio César (PTdoB). O vereador Edil Albuquerque (PMDB) chegou a solicitar apreensão dos aparelhos celulares de todos os vereadores, mas não conseguiu provar oferecimento de vantagens por parte de Alcides Bernal, mas não conseguiu provar nada e o Gaeco não levou a investigação adiante.