Vereador entrega parecer e Câmara perde motivo para votar processante

‘Novela’ da processante já dura 54 dias

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‘Novela’ da processante já dura 54 dias

O vereador Paulo Pedra (PDT) prometeu entregar no fim da tarde desta segunda-feira (13) o parecer dele em relação ao pedido para redução do quorum necessário para abertura de uma Comissão Processante na Câmara de Campo Grande. Com isso, a presidência não terá motivo para, finalmente, após quase dois meses, votar o pedido de comissão processante.

A oposição não aceita quorum de 20 votos e pediu redução para 15, o que foi rejeitado pela Procuradoria da Câmara. Com o não da Procuradoria, Paulo Pedra pediu para o pedido ser julgado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que enrolou mais 10 dias para julgar o pedido. Porém, quando o presidente da CCJ, Airton Saraiva (DEM), entregou o parecer dele, foi a vez de Pedra pedir vistas e enrolar mais ainda a votação.

A processante já tramita na Câmara há 54 dias, com protelações que partiram da oposição e da base de Gilmar Olarte (PP). Foram tantos capítulos que a processante já virou piada e poucos dizem acreditar que ela decole na Câmara.

A própria oposição não tem esperança de que o pedido passe, caso sejam mantidos 20 votos mínimos, o que realmente deve acontecer. Dos cinco integrantes da CCJ, três são favoráveis aos 20 votos. Com isso, a oposição está longe de conseguir emplacar a processante, visto que Olarte precisaria apenas de 10 votos para enterrar o pedido.

Votos

Se for contar apenas os vereadores que têm cargos na Prefeitura, o prefeito já está bem perto de fechar esta fatura: Edil Albuquerque (PMDB), Paulo Siufi (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Delei Pinheiro (PSD), Coringa (PSD) e João Rocha (PSDB). O grupo, de seis vereadores, soma-se a Dr. Loester (PMDB), que só está na Câmara graças a Olarte, que convocou Jamal para Secretaria de Saúde, e Magali Picarelli (PMDB), que sempre vota com o prefeito e vive promovendo eventos com Andréia Olarte.

Com oito votos, Olarte precisa contar com apenas dois dos vários outros que se consideram da base: Herculano Borges (SD), Edson Shimabukuro (PTB), Flávio Cesar (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), Carlão (PSB), Francisco Saci (PRTB), Vanderlei Cabeludo (PMDB), Betinho (PRB) e Gilmar da Cruz (PRB).

Já a oposição espera o voto de Paulo Pedra (PDT), Cazuza (PP), José Chadid (sem partido), Carla Stephanini (PMDB), Eduardo Romero (PTdoB), Ayrton do PT e dos três suplentes que também votarão: Aldo Donizete (PPS), Roberto Durães (PT) e Élbio Santos (PT). Nesta conta, Olarte tem oito e a oposição nove, mas com uma diferença gritante. O prefeito precisa de apenas mais 2 e a oposição de 11 dos 12 indefinidos.

 

 

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