Deputado diz que não faz sentido vincular imagem dele ao de ex-prefeito

Pré-candidato à Prefeitura de Campo Grande e com sucessivas ameaças de sair do PMDB, o deputado estadual Marquinhos Trad espera sair ileso do caso no qual o irmão, Nelsinho, é denunciado por supostas irregularidades na implantação de um sistema de informática na área de Saúde. Segundo ele, não faz sentido vincular os dois em relação ao assunto.

“Não fujo, nem desconverso desta pergunta”, enfatizou o parlamentar, quando questionado sobre o assunto, na sessão desta quarta-feira (25) na Assembleia Legislativa. O MPF (Ministério Público Federal) anunciou no dia anterior ter ajuizado denúncias, contra Nelsinho e mais 25 pessoas, de irregularidades na implantação do (Gerenciamento de Informações Integradas de Saúde).

“Quem tem os elementos para responder são os envolvidos. A denúncia tem que ser apurada”, analisa o parlamentar. Na visão dele, não há porque ter seus planos políticos atrapalhados em relação ao assunto.

“Seus dedos são iguais? Um irmão é diferente do outro, não tem porque vincular esta denúncia a mim”, complementa Marquinhos. Ele lembra, até, do ex-presidente Fernando Collor (PTB/AL), eleito senador mesmo depois de ter sido retirado por impeachment, em 1992, do cargo máximo da República.

O ‘caso Gisa' pode ter resultado em prejuízo superior aos R$ 20 milhões ao cofres públicos da Capital. A Prefeitura pagou cerca de R$ 8 milhões à Telemídia Technology para implantar o sistema, que nunca entrou em operação, e, em janeiro deste ano, o Ministério da Saúde pediu que o município devolva R$ 14 milhões à União – referente ao valor já gasto, mais juros e correções.