Até convocação por 3 meses foi cogitada

Que tal um emprego temporário com salário de R$ 15 mil, mais uma verba indenizatória de R$ 8,4 mil mensais? A sonhada vaga foi sugerida por um dos suplentes de vereador na manhã desta quinta-feira (11) na Câmara Municipal de .

O petista Roberto Durães esteve no Legislativo durante a sessão desta quinta, acompanhado do também suplente Aldo Donizete (PPS). Eles, além de Élbio Santos (PT), devem ser convocados na próxima terça-feira (16) para votarem o pedido de abertura de contra o prefeito, Gilmar Olarte (PP), em substituição aos autores do requerimento, Alex (PT), Thais Helena (PT) e Luiza Ribeiro (PPS) – pelo regimento interno, estes ficam proibidos de votar.

Durães disse ter sugerido ao presidente da casa, Mario Cesar (PMDB), que os três sejam efetivados como vereadores durante os trabalhos da Comissão Processante, caso esta venha a ser criada. Como o colegiado teria ao menos 90 dias para trabalhar, o trio conseguiria o ‘emprego temporário' e a Câmara ficaria com 32 vereadores.

Mas a ideia é incabível, tratou logo de avisar o peemedebista. “Não existe essa possibilidade, a não ser que houvesse uma vacância na casa. É algo sui generis, mas não tem condições de a Câmara ter 32 vereadores”, encerrou Mario Cesar.

Durães, no entanto, não trouxe o tema sob o argumento do salário temporário. Disse que “não tem sentido” o chamado apenas para votar o pedido de abertura e, se for o caso de ser aprovado, nova convocação quando for para analisar o resultado dos trabalhos – “não vamos poder fazer perguntas durante o processo, mas depois podemos vir e votar”, analisa.

O salário de cada vereador é de R$ 15.031,76, conforme dados disponibilizados no portal de transparência da Câmara Municipal. Além disso, cada um tem direito a R$ 8,4 mil por mês para gastos diversos, benefício inclusive contestado na Justiça.