População aproveitou para reclamar dos problemas da cidade e das promessas de CPIs
Enquanto ‘esperam’ respostas que nunca chegam para denúncias e escândalos em Campo Grande, os vereadores da Capital voltaram a ser hostilizados pela população durante sessão comunitária no Bairro Nova Lima, na manhã desta quarta-feira (25). Moradores criticaram a ‘inércia’ do legislativo. “Eles só aparecem para pedir votos durante as eleições. Depois disso, eles somem”, disse ao microfone Amélia Alves, moradora do bairro há 20 anos.
Segundo a moradora, ela foi até à UBS (Unidade Básica de Saúde) do Nova Bahia e não conseguiu atendimento. Por isso, teve de seguir para a UBS Coronel Antonino, onde conseguiu ser atendida, porém, faltava medicamentos no local. “Não queremos só o almoço ou o jantar do dia, queremos para o resto do ano. Estou com um nódulo no pescoço e não consigo encaixe para ser atendida, temo que só conseguirei uma vaga quando morrer”, reclamou.
Já o morador do Vida Nova III, Wildes dos Santos, denunciou suposto ‘esquema, dentro da Emha (Empresa Municipal de Habitação)’, que beneficiaria apenas alguns escolhidos com casas populares. “Tem um comerciante no meu bairro que já ganhou 40 casas da Emha. Depois ele vende ou troca por carros. Tem muita gente precisando de casa e nunca ganha. Por isso, eu peço que seja instalada uma CPI para investigar a Emha”, revela.
Nesse sentido, nos últimos meses diversas denúncias tomaram a imprensa local e, até mesmo a nacional, mas as promessas de CPIs para investigar nunca saíram do papel. Entre as principais estão as CPIs do Tapa Buraco, da Folia e sobre o uso de um jatinho, pertencente a um empreiteiro, pelo prefeito Gilmar Olarte com a esposa dele, Andréia Olarte.
Da mesma forma, o popular José do Anaxche também não poupou reclamações contra os vereadores e contra a Prefeitura. Segundo ele, há muitos bajuladores do prefeito enganando a população. “Eles fazem balela com a periferia, estão brincando com o dinheiro público. A Secretaria de Assistência Social não recebe as pessoas”, diz.
Já a estudante Stefanie de Oliveira reclama da falta de asfalto em seu bairro e de área de lazer. “Não tem como caminhar lá quando chove. Além disso há muito lixo nos terrenos”, termina.