pretende reduzir de oito para cinco anos o mandato de senador

Os senadores de Mato Grosso do Sul, Simone Tebet e Moka (PMDB), são favoráveis a proposta da reforma política que pretende reduzir de oito para cinco anos o mandato de senador. De acordo com Tebet, a proposta é válida desde que unifique as eleições, já Moka avalia que se existir um contexto da reforma política o voto dele seria favorável.

“Eu sou a favor da redução do mandato de senador se nós unificarmos a eleição porque tem sentindo, se eu vou fazer eleição a cada cinco anos então é obvio que precisa ser unificado”, avaliou Tebet.

Moka também não vê problema em diminuir o mandato dos senadores para o parlamentar é importante que seja respeitada a quantidade de votos. “Se fosse para ter consistência de mandato, eleições de cinco em cinco anos e acabar com a eleição proporcional, por mim diminuir é o de menos”.

Outro ponto em que os senadores concordam é com o fim da reeleição para o executivo, que de acordo com eles vai diminuir a corrupção no País. “É a mãe da corrupção porque é isso que levou e tem levado a essas denuncias que amplamente são feitas na imprensa. O candidato a reeleição do executivo se aproveita muitas vezes, não sempre, do cargo para dar facilidade, não fazer ajustes necessários, ter flacidez fiscal e fora o esquema de captar recursos ilícitos”, declarou Tebet.

Moka ressalta que a questão do coeficiente número para muitas vezes eleger candidatos por legenda deve acabar. “Para mim é uma coisa que seria fundamental, eu gostaria de ver na Assembléia Legislativa os 24 que foram mais votados e na Câmara Federal os oito mais bem votados e não essa questão de coeficiente e de legenda”.

Ambos avaliam que a reforma política deve ser analisada como um todo e com isso o Senado deve tomar a melhor decisão. “Essa reforma que a Câmara está mandando para o Senado está muito desassociada da realidade”, observa Moka.

A senadora acredita que os parlamentares devem olhar com atenção as propostas da Câmara Federal, segundo Simone os deputados não estão tendo coerência em fazer a reforma política. “Infelizmente, a forma como está sendo tratada e fatiada a gente tem a preocupação que saia a emenda saia pior que o soneto. O que estamos percebendo é que está vindo de acordo com a cabeça de cada um, não tem nenhuma sintonia”.  

Tebet ressalta ainda que algumas questões deveriam ter prioridade entre os deputados. “As questões importantes estão passando mais despercebidas. O povo quer o fim da corrupção, transparência e que a sua vontade seja atendida”, concluiu.

O Jornal Midiamax tentou falar com o senador Delcídio do Amaral (PT), mas de acordo com sua assessoria ele está em um congresso do partido na Bahia e até o momento desta publicação não tivemos retorno.