Sem previsão de teto orçamentário, CPI do Cimi já tem gastos com passagens

Presidente não soube informar o quanto gastou

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Presidente não soube informar o quanto gastou

Os membros da CPI do Cimi ainda não têm estimativos, e nem se reuniram para calcular, quanto podem gastar com os trabalhos de investigação na Assembleia de Mato Grosso do Sul. Questionada sobre o assunto nesta quinta-feira (15), a presidente Mara Caseiro (PT do B) admitiu já gastado com passagens, mas que ainda não foi estabelecido um teto.

“Ainda não sei quando, mas vamos marcar uma reunião e nela vamos ver quanto vamos gastar, se vamos contratar técnicos de fora. Nada disso está definido ainda. Gastamos com passagens para os palestrantes, mas também não sei quanto foi”, resumiu.

Na última terça-feira (13), Mara contratou as palestras do jornalista Nelson Barreto e do sociólogo Lorenzo Carrasco que, segundo Pedro Kemp (PT), contraria a finalidade da Comissão Parlamentar de Inquérito, que é de realizar oitivas, e não palestras. A Casa arcou com as passagens de ambos.

Paulo Correa (PR) defendeu o monitoramento das contratações, mas afirmou que o gasto não deve pautar o trabalho do legislativo. “O duodécimo é usado para bancar a atividade parlamentar com as comissões. Então é preciso sim ficar de olho e economizar, mas o gasto em si não pode limitar os trabalhos”.

Kemp disse que a reunião tem que ser marcada para que todos possam discutir o tema. Marquinhos Trad (PMDB) afirma que é preciso avaliar a necessidade de contratação.

Trad lembra que, na CPI da Saúde, conduzida por Amarildo Cruz, os gastos iniciais divulgados eram de R$ 350 mil. Dias depois, a Casa apresentou um total de R$ 214,9 mil em gastos, sendo quase 62% do valor somente com consultorias.

A ajuda de custo dos terceirizados somou R$ 165 mil, sendo que apenas a contratação dos consultores gastou R$ 132,7 mil.

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