Com a casa arrombada, ele deixou 2º escalão de Dilma
Enquanto não há novidades no desenrolar da Operação Lama Asfáltica, que cumpriu mandados em 9 de julho, o ex-deputado federal e ex-assessor do Ministério dos Transportes, Edson Giroto, está cuidando da imagem nas redes sociais. Ele patrocinou nesta quinta-feira (3) uma publicação no Facebook em que aparece fazendo compras e enaltece as vantagens de ir à feira.
Edson Giroto, que teve a casa arrombada pela Polícia Federal durante a operação, estava sumido publicamente após deixar o cargo de assessor especial do Ministro dos Transportes. Com a postagem patrocinada, ou seja, que aparece na linha do tempo das pessoas porque ele pagou ao Facebook, o político diz que vai à feira e convida a população para ‘ter uma vida saudável’.
“Bom dia, meus queridos amigos! Alimentação saudável, atendimento de primeira, verduras e frutas fresquinhas e aquele preço pra lá de especial. E você, também vai à feira?”, perguntou aos seguidores. Atualmente, 18.853 pessoas curtem a página do político no Facebook.
Ex-braço direito do ex-governador André Puccinelli, Giroto era secretário de Obras e gerenciava os contratos de obra no Estado que agora estão sob suspeita de desvios milionários que abasteceriam suposta quadrilha formada por políticos, empreiteiros e servidores públicos. Somente no segundo mandato do peemedebista, João Krampe Amorim dos Santos, proprietário da Proteco Construções, manteve mais de R$ 250 milhões em contratos.
Edson foi derrotado nas urnas em 2012 por Alcides Bernal (PP) e está atualmente no PR, cujos membros já declararam que ele é um possível candidato a disputar, novamente, as eleições para a Prefeitura de Campo Grande. Desde que a operação se tornou pública, há mais de dois meses, Mato Grosso do Sul acompanha o vazamento de áudios gravados em escutas autorizadas pela Justiça que causaram desdobramentos como a Operação Coffee Break, do MPE-MS.
No entanto, ainda há suspense e expectativa sobre o desdobramento das investigações da Lama Asfáltica. Os documentos apreendidos no dia 9 de julho encheram duas caminhonetes e passam por análise por agentes da PF, CGU, Receita Federal e MPF.
