Nova proposta à categoria só será apresentada após estudo financeiro

A está perdendo força e precisam achar um culpado, reagiu o secretário municipal interino de Educação, Wilson do Prado, sobre denúncias de que os professores estariam sendo pressionados a encerrar o movimento, sob pena de demissão. Segundo ele, não há, por parte da Semed (Secretaria Municipal de Educação), retaliação neste sentido, e reforçou que uma nova proposta de reajuste salarial à categoria só será apresentada após estudos financeiros por parte da Prefeitura.

“Não há essa pressão sobre os professores, a greve tem perdido força e precisam achar um culpado, sempre acaba sendo o secretário”, diz Prado. O que existe, explica, é um levantamento, feito anualmente, para sobre a lotação das salas de aula, por conta do fim dos contratos temporários com professores convocados.

Segundo o secretário, esta coleta de dados deve ser concluída no fim do mês, quando termina a contratação dos temporários. Com base nos dados obtidos, a Prefeitura identifica se precisa contratar, manter ou cortar pessoal: “todo ano é feito esse levantamento”, finaliza Prado.

O secretário também afirma que até a conclusão do levantamento financeiro não haverá mais proposta ao ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública). Ele, que é titular da Semad (Secretaria Municipal de Administração), não estipulou uma data para isso.

Prado demonstrou irritação com o movimento grevista. “Isso não é uma greve, deixou de ser para virar um ato político, os professores deveriam estar na Prefeitura e não na Câmara, reivindicando para vereador”, reclama.

A ameaça de prisão, feita durante a sessão desta terça, também é rechaçada pelo secretário. “Não existe esse negócio de prisão, não existe documento assinado. O vereador Paulo Pedra (PDT) não tomou o remédio dele hoje”, disparou o secretário.

Professores lotam o plenário da Câmara Municipal, nesta terça, em ato de pressão por conta da campanha salarial – a greve começou no dia 25 de maio. Vereadores reclamaram de mensagens e telefonemas nos quais, segundo consta, a Semed estaria pressionando a categoria a encerrar a greve.

Houve reação por parte de parlamentares, alegando que, em depoimento à CPI das Contas Públicas, no dia 10 de junho, o secretário teria se comprometido a não pressionar os professores pelo fim da greve. Em texto enviado à imprensa, o presidente da comissão, vereador Eduardo Romero (PTdoB), frisa que, durante as oitivas, “todos que prestam esclarecimentos são alertados quanto ao fato de mentir e possíveis sanções legais”.