Presidente da Câmara, Mário César, criou confusão ao anunciar suposto parcelamento de salários

Após declarações de vereadores de que receberiam seus salários parcelados, a Prefeitura de garantiu que a folha será quitada no dia 8 de maio, quinto dia útil do mês. O anúncio do parcelamento havia sido feito horas antes, durante sessão itinerante da Câmara Municipal, pelo presidente Mário César, gerando confusão entre os servidores.

Ao Jornal Midiamax, já no começo desta tarde, o secretário municipal de Governo, Rodrigo Pimentel desfez o maldito e declarou ter recebido do adjunto da Seplanfic (Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Controle), Ivan Jorge, a confirmação de que o salário será pago “dentro dos cinco dias úteis, como manda a legislação”. Ele garantiu que não haverá parcelamento.

Pouco depois do meio-dia, a Prefeitura publicou em sua página na internet que o pagamento será feito no dia 8. Na ocasião, serão injetados R$ 97 milhões na economia do município, ainda conforme cita a fonte oficial.

Durante a sessão itinerante da Câmara Municipal, na sede do CRA (Conselho Regional de Administração), o presidente da casa, Mario Cesar (PMDB), disse ter recebido do chefe da pasta de Administração, Wilson do Prado, a informação de haver “entendimento sobre o parcelamento dos salários”. Eduardo Romero (PTdoB) comentou que, segundo informações que recebeu, a medida valeria já para os vencimentos de abril, pagos em maio.

Mario Cesar ainda disse ter comentado ao secretário, na ocasião, que a Prefeitura estava “abusando de momento de crise para tentar surfar nesta oportunidade”. Outros parlamentares demonstraram preocupação com a medida e chegou-se a cogitar que o prefeito, Gilmar Olarte (PP), fosse convocado pelo Legislativo Municipal para explicar sobre a atual situação financeira do Executivo.

No texto publicado no site da Prefeitura, é informado que, “para garantir o pagamento em dia do servidor, por orientação do prefeito Gilmar Olarte, foram adotadas medidas de ajuste, como o corte linear das gratificações para comissionados e servidores concursados com cargos de chefia; limitação de plantões”. Conforme a matéria, estas medidas geraram economia de R$ 12 milhões na folha, que era de R$ 109 milhões, colocando os gastos em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.