Revolta com impostos agita sessão na Assembleia com protesto de empresários

Desta vez ninguém foi retirado do plenário

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Desta vez ninguém foi retirado do plenário

Empresários e produtores reclamaram do aumento de impostos e vaiaram os deputados durante votação do projeto que reajusta o ITCD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação). O episódio lembrou sessões recentes da Câmara Municipal de Campo Grande, que tem passado momentos turbulentos.

As sessões na Assembleia Legislativa costumam ser calmas. É raro ver alguém mais exaltado. O presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB), usou de uma democracia pouco vista antes na Casa e deixou a plateia se manifestar livremente, levando os deputados a uma chuva de vaias e xingamentos.

Alguns deputados, como o primeiro-secretário Zé Teixeira (DEM), tentaram se justificar, mas foi pior. Zé Teixeira alegou que evitou um rombo ainda maior e que não poderia votar contra um projeto apresentado por ele. Porém, não foi suficiente para contornar a situação. “Não interessa”, rebateu a plateia.

Outros deputados, como o vice-presidente da Assembleia, Onevan de Matos, não se levantaram para votar, conforme o protocolo, e também foi bastante pressionado. “Fala alto”, provocou um dos manifestantes.

Mesmo com a pressão, a maioria dos deputados aprovou o reajuste do ITCD. Votaram pelo aumento do imposto os deputados Barbosinha (PSB), Márcio Fernandes (PTdoB), Lídio Lopes (PEN), Beto Pereira (PDT), Antonieta Amorim (PMDB), Eduardo Rocha (PMDB), Maurício Picarelli (PMDB), Renato Câmara (PMDB), Marquinhos Trad (PMDB), Angelo Guerreiro (PSDB), Flávio Kayatt (PSDB), Onevan de Matos (PSDB), Rinaldo Modesto (PSDB), Zé Teixeira (DEM) e George Takimoto (PDT).

Deram voto contrário ao projeto os deputados Paulo Corrêa (PR), Felipe Orro (PDT), Mara Caseiro (PTdoB), Pedro Kemp (PT), Amarildo Cruz (PT), Cabo Almi (PT) e João Grandão (PT). Não votaram o presidente da casa, Junior Mochi (PMDB), por força do regimento, e Grazielle Machado (PR), que está de licença médica.

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