Governador reconhece aumento, mas afirma que situação deixada por Puccinelli deve ser analisada

A queda na arrecadação é um dos fatores que obrigam o Estado a avaliar o reajuste de 25% dos professores da rede estadual de ensino, afirma o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele argumenta que a receita de janeiro de 2015 está 8% menor comparado ao mesmo período do ano passado.

O governo estadual e a (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) mantêm negociação desde a semana passada.

Enquanto a entidade reafirma que exige o cumprimento do índice de 25%, Azambuja ressalta dificuldades em concedê-lo, em virtude da situação deixada pelo antecessor André Puccinelli (PMDB). Disse, ainda, reconhecer aumento salarial, não só para a categoria dos professores, mas que antes precisa analisar as contas do governo.

Somado à queda na receita, Azambuja cita arrecadação menor do ICMS e FPE. O governador voltou a criticar Puccinelli, por ter determinado diversas questões, como o reajuste do profissionais em educação, para começar a valer a partir de 2015. “Como se fosse o início de um novo estado, mas não, é uma sequência”, afirmou ao dizer que a gestão anterior não cumpriu sequer o pagamento de um terço da hora atividade. “Deixou tudo para este ano”.

Entidade e governo voltam a se reunir na próxima segunda-feira (26), quando o Estado deve apresentar proposta oficial à categoria. O presidente da entidade afirma que as negociações avançaram e as conversas estão no mesmo sentido, mas não deu detalhes da reunião, que aconteceu nesta quinta-feira (22)

O índice de 25% refere-se à soma de 13% de aumento garantido por ano com o percentual que representa um quarto do piso nacional para 20 horas. A entidade quer o reajuste integral, mas o governo sinalizou, anteriormente, parcelamento dos 13%, em duas vezes.