Apóstolo não quis comentar escândalos de evangélicos
O suposto envolvimento do vereador Alceu Bueno (PSL) em caso de pedofilia, reacendeu a discussão sobre o envolvimento de políticos evangélicos em escândalos, como a recente investigação do prefeito Gilmar Olarte (PP), pastor evangélico, em um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.
“Especialmente evangélicos são muito visados, você não vê a pessoa dizer assim ‘o católico fulano ou espírita fulano está com problema’, agora se for evangélico a gente já fica na mira, há um preconceito até. De qualquer maneira acredita que todas as pessoas devem agir dentro da moralidade, da legalidade e da impessoalidade quando se tratar da questão pública”, afirmou o presidente Conselho Estadual de Pastores, apóstolo Edilson Vicente da Silva, líder da Comunidade Cristã El Shaddai, em Campo Grande.
Para o religioso, a apuração do caso do vereador Alceu Bueno, que se apresenta como missionário da IMPD (Igreja Mundial do Poder de Deus), fato negado pela denominação, bem como a investigação do Ministério Público contra Gilmar Olarte, pastor e fundador Adna (Assembleia de Deus Nova Aliança) do Brasil, não devem repercutir negativamente sobre os evangélicos da Capital. “A premissa dos cristãos é não julgar precipitadamente”, diz ele.
Apesar dos escândalos recentes também de membros da bancada evangélica, Edilson defende a participação de cristãos no processo político nacional. “Política é um meio escorregadio, onde tem muitos interesses em jogo, a gente nunca sabe de fato o que a pessoa está falando, se é para prejudicar, as vezes interessado no cargo”, frisa.
Nas reuniões periódicas feitas com pastores e lideranças das diversas denominações cristãs, o religioso aponta que sempre fazem recomendações por uma atuação ‘com a maior lisura’ por parte dos parlamentares e detentores de cargos públicos.
“A gente não vê política e religião de maneira negativa, até achamos que é positivo, uma vez que cristãos teriam muito que contribuir para a política de uma maneira geral”, finaliza o apóstolo, revelando que a entidade que preside vai aguardar o desfecho das investigações antes de emitir uma opinião sobre o caso do vereador Alceu Bueno.