Relatório do Gaeco foi entregue na sexta-feira

A Procuradoria-Geral de Justiça tem até o dia 22 deste mês para respaldar o relatório elaborado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) com informações da Operação Coffee Break, segundo apurou o jornal Midiamax. A resposta pode ser pelo arquivamento do conteúdo, pedido de mais diligências ou aprovação do que foi apurado para que, posteriormente, tudo seja repassado ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) responsável por emitir o veredito.

O prazo seria de cinco dias se algum envolvido estivesse preso. Para auxiliar o Procurador-Geral de Justiça, Humberto Brites, uma equipe técnica analisa o documento antes de chegar às mãos dele. O relatório foi entregue à PGJ na última sexta-feira (5) e, sem citar nomes à imprensa, declarou dos 11 implicados ao suposto esquema de compra de votos para cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), em março do ano passado. Do total 8 vereadores e um ex-vereador são apontados como autores do crime de corrupção passiva, ou seja, aceitaram vantagem indevida em razão do cargo que ocupa.

Sete pessoas, sendo outros três vereadores, empresários e políticos, cometeram corrupção ativa. Um empresário e dois políticos são acusados de associação criminosa, caracterizando formação de quadrilha. Em investigação complementar, mais cinco pessoas devem ser apurados após o aprofundamento de provas e o acesso a dados fiscais. Cinco mentores, políticos e empresários, teriam orquestrado a queda do radialista.

 Três vereadores, os que responderão por corrupção ativa, tinham a função de convencer os colegas. O voto era trocado por dinheiro ou cargos públicos. O documento tem 245 páginas, com base em uma investigação com mais de 4,9 mil páginas.