Há possibilidade de recuperar dados apagados, diz promotor

O Instituto de Criminalística promete fazer uma força-tarefa para periciar 17 celulares apreendidos pela Operação Coffee Break, que investiga esquema de corrupção para cassar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Há, inclusive, a possibilidade de recuperar dados apagados dos dispositivos.

As informações são do coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), promotor Marcos Alex Vera. Os celulares pertencem a Gilmar Olarte (PP), afastado do cargo de prefeito, Mario Cesar (PMDB), afastado da presidência da Câmara Municipal, além dos vereadores Paulo Siufi (PMDB), Edil Albuquerque (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Chocolate (PP), Gilmar da Cruz (PRB), Carlão (PSB), Edson Shimabukuro (PTB), Jamal Salem (PMDB), Flávio César (PTdoB), Eduardo Romero (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), do ex-vereador Alceu Bueno, e dos empresários João Amorim, João Baird e Fábio Portela.

Segundo Marcos Alex, que participou de solenidade no Comando da Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (2), os equipamentos foram encaminhados mais cedo ao IC. Não há prazo para a perícia ser concluída, mas, no dia 25 de agosto, quando a Operação Coffee Break foi tornada pública, o Gaeco avisou que os celulares foram apreendidos porque os suspeitos estariam evitando falar em ligações, usando programas de mensagens para falar sobre o suposto esquema de corrupção.

O promotor descarta, por enquanto, pedir a prisão de algum dos investigados. Segundo ele, a medida é desnecessária no momento porque não tem havido dificuldade na coleta de provas.