Três integrantes da maior bancada se dizem prontos a integrarem a comissão processante 

Três integrantes da bancada do PMDB da Câmara Municipal se dizem preparados para integrarem a comissão processante que deverá avaliar sobre o afastamento, ou não, do vereador Alceu Bueno (PSL). A escolha será por sorteio, em que o representante da Casa de Leis só deixa de concorrer a uma das três vagas da comissão se alegar impedimento para realizar as investigações. Alceu é acusado de envolvimento com exploração sexual de menores de idade, situação que configuraria quebra de decoro parlamentar.

“Como procuradora da mulher no Poder  Legislativo de Campo Grande pretendo acompanhar a situação mesmo se não for integrante da Comissão que irá apurar sobre as acusações. São fatos muito graves que estão sendo imputados ao vereador, e que precisam ser analisados com rigor. Tenho atuado nessa bandeira do enfrentamento à exploração sexual de mulheres, crime que fica mais bárbaro quando as vítimas são adolescentes ou crianças. Não depende do meu desejo compor a comissão porque é um sorteio, mas me sinto preparada a colaborar no que for preciso para se apurar sobre essas denúncias”, relata a vereadora Carla Stephanini (PMDB).

Com a mesma disponibilidade para ser um dos investigadores do ‘Caso Alceu’ na Câmara Municipal, Paulo Siufi (PMDB) soube pela imprensa do indiciamento do colega de legislatura pelo possível envolvimento com crimes de exploração sexual e de menores. Sobre a postura que a Casa de Leis deveria ter diante do avanço das ações policiais na denúncia, o peemedebista afirma que o Poder Legislativo de Campo Grande também precisa ser afirmativo e célere, sem perder a isenção para avaliar as acusações.

“Ficou anteriormente definido por reunião com os vereadores que a abertura de uma comissão processante estaria condicionada à possibilidade de indiciamento. O veio a acontecer, e agora a Câmara Municipal não pode se furtar a tarefa de fiscalização que lhe é atribuída. Uma fiscalização que é para o Executivo, setores da Sociedade e para os vereadores também. A situação é delicada e o Alceu precisa ter no julgamento, que receber na Casa de Leis, a mesma isenção que terá na investigação da Justiça. Seja ele na produção de um relatório da comisão processante ou na votação, caso ela venha a ocorrer, que determinasse a cassação de mandato”, explica Siufi

O líder do PMDB na Câmara Municipal, o vereador Vanderlei Cabeludo diz lamentar a situação que chegou a denúncia sobre Alceu Bueno, e vê que quanto mais avançadas as investigações ficam na polícia, maior fica a pressão para que o Legislativo Municipal tome providência quanto à apuração das acusações que pairam sobre a conduta de Alceu. “Não tomamos até o momento um posicionamento de bancada e devemos mesmo esperar o sorteio para ver quem serão os escolhidos a integrarem a comissão. O certo é que a Câmara terá que fazer o seu papel e respeitar o Direito de Defesa do Alceu”, diz o vereador.