Pedra sempre fez parte da base de Bernal na Câmara
 

O atual secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Paulo Pedra (PDT), foi o último a ser ouvido pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), na tarde desta quarta-feira (2). O depoimento durou 2 horas e Pedra diz que foi convocado na condição de testemunha.

O principal comentário de Pedra aos jornalistas foi sobre o nome dele ter aparecido em ligações telefônicas entre os empresários João Amorim e João Baird, principais alvos da Operação Lama Asfáltica, que investiga irregularidades em contratações pelo governo do Estado, na administração Gilmar Olarte. As conversas foram interceptadas pela Polícia Federal.

“Na conversa dos dois, eles comentaram que dariam guarida para mim. Depois Amorim me ligou e caiu na caixa, ai eu retornei e a ligação também caiu na caixa”. Apesar de não ter sido atendido, Pedra garante que afirmou a Amorim que ficaria ao lado de Alcides Bernal (PP). À época da cassação, em março de 2014, Paulo Pedra fazia parte da base de Bernal na Câmara de Vereadores.

“Disse ao Amorim que eu iria ficar com Bernal, que ele não seria cassado e ainda seria eleito governador. Parabenizo o Gaeco, pois a Justiça está sendo feita”, finaliza.

O promotor Marcos Alex Vera deve ouvir sete pessoas até sexta-feira, dia 4. Além de ter ouvido hoje o deputado estadual Cabo Almi (PT), o vereador Ayrton Araújo (PT) e Paulo Pedra, o Gaeco ouvira nos próximos dias mais quatros pessoas.