Boicote era apoio a artistas, mas não passou do primeiro obstáculo

Ficou só no discurso o boicote da oposição a projetos em regime de urgência na Câmara Municipal de , anunciado no fim de março. Parlamentares decidiram, após reunião na manhã desta quinta-feira (16), votar projetos de doação de terrenos para empresas que estão trancando a pauta da casa.

Segundo Luiza Ribeiro (PPS), a decisão, por enquanto, envolve ela e mais dois dos sete vereadores da oposição: Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra (PDT) e Cazuza (PP). O presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), chamou todos os parlamentares para reunião antes do início da sessão, pedindo que a pauta fosse destrancada.

Há sete projetos do (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande), enviados pelo Executivo, aguardando votação na Câmara. Na terça-feira (14), eles não foram votados por falta de quórum.

O anúncio do boicote da oposição aos projetos em regime de urgência foi feito no dia 26 de março por Alex (PT). Na ocasião, seria uma forma de pressionar a Prefeitura e negociar o pagamento de atrasados com representantes do setor cultural, após protestos e debates envolvendo a classe e o Executivo.

“A oposição está adiantando que não vai votar nenhum projeto de urgência até que se abra o diálogo para encontrar uma saída ao problema (na cultura)”, disse Alex, na ocasião. “Ainda que sejamos minoria, que não contem com o nosso voto”, emendou, naquela manhã.

Na prática, não passou do primeiro obstáculo. Segundo Luiza, a ponderação dos vereadores leva em conta a necessidade das empresas a serem beneficiadas e a geração de empregos, por exemplo.

Ela diz, no entanto, que há preocupação dos vereadores sobre a necessidade de diálogo entre os artistas e a Prefeitura. Também cobra que seja nomeado um novo diretor para a Fundac (Fundação Municipal de Cultura) – a anterior, Juliana Zorzo, entregou o boné durante a crise.