Remuneração e verba indenizatória somam R$ 210 mil

Mensagens via Facebook e WhatsApp sugerem que vereadores da oposição teriam se comprometido a doar os próprios salários em apoio à greve de professores da rede municipal de Campo Grande. Os parlamentares, no entanto, negam que haja este compromisso.

Além disso, o secretário municipal Interino de Educação, Wilson do Prado, chegou a citar, na manhã desta quarta-feira (17), que os legisladores estavam ofertando a própria remuneração para ajudar os educadores. Quatro dos nove parlamentares que aparecem em imagem sobre o assunto que circula nas redes sociais negam qualquer situação neste sentido.

Carla Stephanini (PMDB), que se declara independente na Câmara Municipal, garante que nunca fez tal declaração e pediu que o responsável por divulgar o suposto compromisso comprove a veracidade da informação. “Em momento algum houve essa fala da minha parte. Essa conduta (de espalhar a falsa notícia) foi feita para nos expor de forma pejorativa”, opina.

A petista Thais Helena segue a mesma linha. Assegura que jamais houve este tipo de compromisso de sua parte e ressalta que também não ouviu nenhum colega o fazendo. “Os diálogos que tive com a classe foram todos em público. Seja na Câmara, na Assembleia (Legislativa) ou no Paço Municipal”, diz. 

Thais ainda assegura que, mesmo que a oposição doasse o próprio salário, não seria o suficiente para resolver o problema dos professores. Atualmente, conforme divulgado no portal de transparência da Câmara Municipal, cada vereador ganha R$ 15 mil de vencimentos mensais, mais a verba indenizatória de R$ 8,4 mil – ou seja, somando os valores dos nove vereadores citados, o montante seria de R$ 210,6 mil por mês.

Luiza Ribeiro (PPS) acredita que os educadores não precisam de “doações ou esmolas”. “Eles são concursados, muitos têm mestrado e até doutorado”, observa.

Assim como as colegas de parlamento, Paulo Pedra (PDT) também nega ter se comprometido em doar seu pagamento. O pedetista associa o “boato” aos perfis falsos do Facebook.