Operações podem mudar rumo da comissão

O agora vice-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), tem até esta segunda-feira (31) para se defender na comissão processante aberta na Câmara de Campo Grande. A comissão tem por objetivo investigar improbidade administrativa do prefeito em processo que responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por denúncia do Gaeco.

Os vereadores decidiram continuar com o processo mesmo após afastamento de Olarte da Prefeitura. Com isso, ele tem até hoje para apresentar defesa. Após este prazo, cabe a Câmara, dentro de cinco dias, decidir se mantém a investigação ou arquiva. Porém, independentemente do resultado, a decisão caberá ao plenário da Câmara, que pode votar contra e insistir na investigação.

Na semana passada, um dia antes da Operação Coffee Break, os integrantes da processante, João Rocha (PSDB) e Paulo Siufi (PMDB), sinalizavam arquivamento da investigação, alegando que poderia haver entendimento de que a competência para julgar o caso seria do Tribunal de Justiça e não dos vereadores. Um dia depois, o Gaeco realizou a operação e até Paulo Siufi foi detido para prestar esclarecimentos.

A processante decidirá se o prefeito deve ou não ser afastado. A oposição chegou a apresentar cinco razões para investigar Olarte, mas a base lhe defendeu e boicotou investigação sobre uso de jatinho de empreiteiros, excesso de comissionados, não cumprimento da lei do piso para professores e falta de transparência das contas, que não foram divulgadas corretamente.