Ele garantiu que os tucanos vão manter a posição

O presidente do PSDB, senador (MG), afirmou que seu partido não negociou com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a abertura do processo de e que os dois deputados do PSDB no Conselho de Ética vão manter sua posição a favor do processo contra o presidente da Câmara.

“Para nós do PSDB não houve em qualquer momento negociação política em troca de votos, seja no Conselho [de Ética] ou na Câmara dos Deputados”, disse Aécio. “Isso nos dá muita serenidade nesse instante. O PSDB continua tendo a posição que teve no Conselho de Ética”, afirmou.

O senador, que foi adversário de Dilma na campanha de 2014, disse não ter comemorado a decisão e que a responsabilidade pela abertura do impeachment é do governo, que teria cometido as supostas irregularidades apontadas no processo.

“Não é algo que me traga felicidade”, disse. “Ninguém torce para que um país viva nas condições que o Brasil está vivendo hoje. Portanto, a responsabilidade pelo início do processo de impeachment está longe de ser da oposição. É desse governo, por seus equívocos e por suas irresponsabilidades”, afirmou o tucano.

Já o líder da minoria na Casa, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), disse que a representação dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal estava bem embasada e não tinha por que Cunha rejeitá-la.

Ele garantiu que os tucanos vão manter a posição já assumida no Conselho de Ética pelo prosseguimento do processo por quebra de decoro parlamentar. “Não há qualquer contrapartida do PSDB”, disse Bruno Araújo. O presidente do SD, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), não escondia a satisfação com o anúncio e lembrou que trabalhou “o ano inteiro pelo impeachment de Dilma”.

Segundo Paulinho, foi sugerido a Cunha que a comissão especial que será criada nas próximas 24 horas para análise do processo de impeachment possa trabalhar também em janeiro, período do recesso parlamentar. “Guerra é guerra, o PT quis assim, agora toma”, disse Paulinho.